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Haddad: maior carga horária vai reduzir desigualdade no ensino

16 set 2011 - 11h25
(atualizado às 12h11)

O ministro da Educação, Fernando Haddad, afirmou nesta sexta-feira que o aumento da carga horária nas escolas públicas deve reduzir a desigualdade com o ensino privado. "Uma jornada de 800 horas é muito curta, o ideal é que tenhamos mais de 200 dias letivos e também mais horas de aula por dia. Na maioria das escolas particulares os alunos ficam mais de 5 horas estudando, isso proporciona uma vantagem competitiva muito grande em relação às escolas públicas", disse o ministro.

Ao participar do programa Bom dia Ministro, Haddad afirmou que um estudo coordenado pelo MEC indcia que a ampliação do tempo que os alunos ficam na escola poderia melhorar os indicadores de qualidade, como o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), e também o desempenho das escolas públicas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

O resultado das escolas no Enem 2010, divulgado pelo MEC na segunda-feira, aponta que a rede pública teve um desempenho muito inferior à rede privada. Das 100 melhores escolas, apenas 13 são públicas. "Os alunos das escolas particulares ficam 25% a mais na escola, isso é uma vantagem que tem resultado nos exames", afirmou ao justificar o baixo desempenho do ensino público.

Haddad disse ainda que na próxima semana o MEC vai apresentar para representantes dos Estados e dos municípios o estudo elaborado pela Secretaria de Assuntos Estratégicos da pasta sobre o impacto do aumento da jornada para garantir a qualidade do ensino.

Proposta do MEC

O ministro da Educação, Fernando Haddad, falou sobre os resultados do Enem no programa Bom dia Ministro
O ministro da Educação, Fernando Haddad, falou sobre os resultados do Enem no programa Bom dia Ministro
Foto: Elza Fiúza / Agência Brasil

As possibilidades em análise pela MEC são elevar a carga horária diária, que hoje é de 4 horas, ou ampliar o número de dias letivos, atualmente definido em 200 dias. Atualmente, a criança ou o adolescente devem ficar 800 horas por ano na sala de aula, carga considerada baixa quando comparada a de outros países.

Para manter o estudante mais tempo na escola, Haddad avalia antecipar a meta de ter metade das escolas públicas funcionando em regime integral, prevista para ser cumprida até 2020, ou até mesmo enviar um projeto de lei ao Congresso Nacional.

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Fonte: Terra
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