Enem 2025: deputado pede que PGR e TCU investiguem suspeita de vazamento

Kim Kataguiri também solicitou convocação do ministro da Educação, Camilo Santana, para que preste esclarecimentos à Câmara

19 nov 2025 - 19h44
(atualizado às 20h00)
Segundo dia de provas do Enem 2025 teve questões de matemática e ciências da natureza
Segundo dia de provas do Enem 2025 teve questões de matemática e ciências da natureza
Foto: Angelo Miguel/MEC

BRASÍLIA - O deputado federal Kim Kataguiri (União-SP) apresentou ações na Procuradoria-Geral da República (PGR) e no Tribunal de Contas da União (TCU) para averiguar irregularidades no possível vazamento de informações na elaboração do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2025. O parlamentar também protocolou pedido de convocação do ministro da Educação, Camilo Santana, para prestar esclarecimentos ao plenário da Câmara dos Deputados.

"A situação é gravíssima", diz Kim Kataguiri nos requerimentos. "Estamos diante não apenas de um equívoco administrativo, mas de um possível comprometimento de um exame nacional que movimenta recursos públicos expressivos, envolve milhares de servidores e afeta diretamente o futuro acadêmico de milhões de estudantes."

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Kim também quer que Camilo explique aos parlamentares a origem e a extensão do possível vazamento, as fragilidades de segurança identificadas, as medidas já adotadas pelo Ministério da Educação e pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), o impacto sobre a correção, a nota e o resultado final dos candidatos e as garantias de que episódios semelhantes não voltarão a ocorrer.

Nesta terça-feira, 18, candidatos que fizeram o Enem denunciaram uma suspeita de vazamento da prova porque um professor do Ceará teria "previsto" questões da prova aplicada no domingo, 16. Na mesma terça-feira, o Inep anulou três questões do Enem 2025 porque identificou que seriam "similares".

Uma das questões divulgadas tem uma pergunta sobre fotossíntese oxigênica e a resposta certa é "água" tanto na escrita pelo professor, quanto na prova oficial do Enem. Outro item fala do parcelamento de uma compra de R$ 60 mil em seis vezes. O enunciado na prova oficial é semelhante e usa exatamente os mesmos números.

Nesta quarta-feira, 19, o Inep pediu que a Polícia Federal investigue a conduta e a autoria da live nas redes sociais que divulgou as questões.

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"É necessário que se analise o ocorrido com rigor. Um vazamento de questões ainda que parcial no maior exame educacional do País é, no mínimo, um fortíssimo indicativo de falha grave na gestão e nos mecanismos de segurança do Inep", afirma Kim.

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