Especialistas recomendam foco nas revisões estratégicas, simulações cronometradas, gestão de tempo e equilíbrio emocional para a reta final do ENEM, destacando a importância de práticas de autocuidado e organização.
O Exame Nacional do Ensino Médio, o ENEM, representa uma verdadeira maratona que exige dos estudantes não apenas preparo técnico, mas também gestão eficiente do tempo e, crucialmente, equilíbrio emocional. Na reta final, a abordagem deve ser estratégica e focada no que realmente fará a diferença no dia da prova.
A reta final da revisão: o foco estratégico
Nesta fase derradeira, a recomendação dos especialistas é clara: o foco principal deve ser consolidar o que já foi aprendido, e não tentar dominar conteúdos novos extensos. É o momento de revisar com estratégia. Priorize os temas mais recorrentes nas últimas edições da prova e aqueles em que o seu domínio já é sólido, o que tende a render mais acertos.
Recursos como resumos, flashcards e mapas mentais são ferramentas ideais para revisões rápidas e objetivas. Mantenha também o treino constante da redação, pois a prática é a melhor aliada da escrita, focando em temas de relevância social, cidadania e políticas públicas, que frequentemente são o centro das propostas.
Aprimorando a gestão do tempo na prova
O tempo é, reconhecidamente, um dos grandes desafios do ENEM. Gerenciar as horas disponíveis de forma equilibrada entre as 45 questões objetivas de cada área e a redação é fundamental. A prática de simulados completos, cronometrados e nas condições reais de prova, é o melhor caminho para o estudante identificar seu ritmo e desenvolver uma estratégia de resolução personalizada.
Uma técnica amplamente sugerida é a estratégia da "prova em camadas" ou "pega vareta", que consiste em dividir a resolução em etapas. Comece pelas questões mais fáceis ou das disciplinas que você domina, pois isso constrói confiança e otimiza o tempo. Em seguida, avance para as questões medianas e, por fim, enfrente as mais difíceis, que exigem mais leitura ou cálculo.
Reserve um tempo adequado para a redação, idealmente entre 60 a 80 minutos para rascunho, escrita e passagem a limpo, evitando deixá-la para o final, quando o cansaço é maior. Além disso, a alocação de 15 a 20 minutos no fim de cada dia de prova para o preenchimento cuidadoso do gabarito é um passo inegociável para evitar erros de transcrição.
Equilíbrio emocional: o aliado invisível
Tão importante quanto o conteúdo é a saúde mental. Psicólogos educacionais reforçam que o autocuidado deve fazer parte da rotina de estudos, pois corpo e mente exaustos não performam bem. A ansiedade pré-exame é quase inevitável, mas pode ser controlada com medidas práticas e preventivas.
Mantenha uma rotina equilibrada com horários definidos para estudo, sono e lazer. O sono de qualidade é essencial para a consolidação do aprendizado e a redução da ansiedade. Práticas como exercícios físicos leves, meditação e momentos de lazer sem culpa ajudam a aliviar a tensão. Técnicas de respiração profunda, como inspirar em quatro segundos, manter o ar por dois e soltar em quatro, podem ser exercitadas durante a preparação e aplicadas no dia da prova em momentos de nervosismo, ajudando a recuperar o foco.
No dia do exame, a previsibilidade é uma grande aliada. Organize com antecedência documentos e materiais. Verifique o local de prova e planeje o trajeto para evitar surpresas. Chegue com tranquilidade. Adote uma alimentação leve e hidrate-se bem. Evite comparações excessivas com o desempenho de outros candidatos e, acima de tudo, confie no preparo realizado ao longo do ano. Lembre-se, o resultado final é fruto de um processo, e manter uma visão realista reconhecendo os avanços é crucial para a sensação de controle e segurança.
Assista ao vídeo com as dicas de Helton Moreira, diretor de Performance Acadêmica da Inspira Rede de Educadores.
(*) Homework inspira transformação no mundo do trabalho, nos negócios, na sociedade. É criação da Compasso, agência de conteúdo e conexão.
