De cobra exótica e arara: mulher é presa por traficar e manter animais em cativeiro, em Curitiba

A cobra apreendida, considerada exótica, é originária dos continentes asiático e africano; mulher alegou que é 'apaixonada' por animais e, por isso, comprava

14 mai 2024 - 12h45

Uma mulher, de 30 anos, foi presa em flagrante sob a suspeita de cometer maus-tratos e traficar animais silvestres, nesta terça-feira (14), em Curitiba (PR). A acusada, que não teve a identidade revelada, foi alvo de um mandado de busca e apreensão.

De acordo com a Polícia Civil, os agentes chegaram até o cativeiro onde os bichos eram mantidos, na Cidade Industrial, cerca de um mês após o início das investigações. Em meio ao cumprimento da ordem judicial, a polícia encontrou uma serpente da espécie píton birmanesa albina (Python molurus bivittatus albinu) e uma arara-canindé.

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Cobra albina apreendida pela Polícia Civil –
Cobra albina apreendida pela Polícia Civil –
Foto: Reprodução / Banda B

A cobra apreendida, considerada exótica, é originária dos continentes asiático e africano. Estima-se que alguns traficantes de animais vendam a espécie por R$ 15 mil. A espécie não é venenosa e pode chegar a 10 metros de comprimento e 80 kg.

A arara-canindé (Ara ararauna) mede cerca de 80 cm e é caracterizada pela coloração azul e amarela. A espécie é encontrada nas Américas do Sul e Central. No Brasil, está presente em vários biomas, como o da Mata Atlântica.

Além destes animais, a polícia encontrou papagaio e iguana no cativeiro. Para o delegado responsável pelo inquérito, as investigações "foram complexas".

"Investigamos o caso há mais de um mês. Apuramos denúncias de maus-tratos e tráfico de animais silvestres. Foi uma investigação bastante complexa e solicitamos um mandado de busca e apreensão", disse Guilherme Dias.

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Segundo ele, a mulher deverá responder por maus-tratos porque os animais não viviam em condições adequadas. "Todos esses animais silvestres exigem tratamentos específicos relacionados às suas necessidades básicas, que vai desde temperatura do ambiente à alimentação", explicou o delegado.

A suspeita afirmou à polícia que traficava animais porque é "apaixonada". "Nenhum deles estava em ambientes adequados. Ela disse que é apaixonada por animais e, portanto, os compra de diversos traficantes. No Brasil, mais de 30 milhões são traficados todos os anos", concluiu Dias.

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