Um dos bairros mais conhecidos do Rio de Janeiro, Copacabana sempre é lembrada pela queima de fogos no Réveillon. Contudo, não é só na virada do ano que o local ganha destaque no cenário nacional. Ao longo de sua história, a princesinha do mar já foi palco de vários eventos musicais, esportivos e culturais.
Foto: Flickr Arquivo Nacional
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O bairro tem uma história curiosa que remonta ao século XVII. Dessa forma, o nome e a identidade de Copacabana foram moldados por uma fusão de fé, imigração e desenvolvimento urbano.
Foto: Biblioteca Nacional
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Após a chegada dos espanhóis à região da Copacabana boliviana, Nossa Senhora teria aparecido no local para Francisco Tito Yupanqui, um jovem pescador, que, em sua homenagem, teria esculpido uma imagem da santa que ficou conhecida como Nossa Senhora de Copacabana.
Foto: Flickr Arquivo Nacional
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No século XVII, comerciantes bolivianos e peruanos de prata (chamados na época de "peruleiros") trouxeram uma réplica dessa imagem para a praia do Rio de Janeiro, então chamada de Sacopenapã (nome tupi que significa "caminho de socós").
Foto: Flickr Arquivo Nacional
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No rochedo dessa praia, construíram uma capela em homenagem à santa. Ela, com o tempo, passou a designar a praia e o bairro e foi demolida em 1918, para ser erguido, em seu lugar, o atual Forte de Copacabana.
Foto: Divulgação
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No final do século XIX e início do século XX, com o desenvolvimento de sistemas de saneamento mais avançados, as praias da cidade puderam ser limpas, adquirindo valor e tornaram-se objeto da procura pelas camadas de mais alta renda.
Foto: Flickr Arquivo Nacional
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Com a chegada dos bondes e a abertura de vários túneis ligando a praia ao centro da cidade, esta começou a ser mais frequentada pela população.
Foto: Flickr PortoBay Hotels & Resorts
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Com a inauguração de um túnel no Morro de Vila Rica (Túnel Velho), em 6 de julho de 1892, pela Companhia Ferro-Carril do Jardim Botânico (atual Light), entre Copacabana e Botafogo, o bairro começou a se integrar ao resto da cidade. Um dos responsáveis foi o deputado José Cupertino Coelho Cintra, dito "o Bandeirante de Copacabana".
Foto: Flickr Mario Howat
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O segundo Barão de Ipanema, José Antônio Moreira Filho, em sociedade com José Luís Guimarães Caipora, teve um papel importante na urbanização da área. Ajudou na construção da maioria de seus logradouros, sendo responsável pela urbanização da Vila de Ipanema que deu origem ao bairro do mesmo nome.
Foto: Francisco Anzola - commons wikimedia
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Com a ampliação das linhas de bonde até o Forte do Leme e à Igreja de Nossa Senhora de Copacabana (onde hoje fica o Forte de Copacabana), o bairro foi ganhando ruas e casas. Esse fator foi ainda mais acentuado com a inauguração da Avenida Atlântica em 1906, na orla do bairro.
Foto: Arquivo Nacional
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O desenho em curvas de sua calçada em padrão mar largo, simulando as ondas do mar, é conhecido no mundo todo. Foi, originalmente, concebido no século XIX, nas calçadas da Praça de Dom Pedro IV, mais conhecida como Praça do Rossio, em Lisboa, em Portugal, para homenagear o encontro das águas doces do Rio Tejo com o Oceano Atlântico.
Foto: Donatas Dabravolskas/Wikimédia Commons
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Como as pedras vieram, inicialmente, das cercanias de Lisboa, receberam o nome popular de "pedras portuguesas", denominação que se mantém até hoje.
Foto: Domínio Público/Wikimédia Commons
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Em 13 de agosto de 1923, foi inaugurado o Hotel Copacabana Palace, em frente à praia. Desde então, o hotel tornou-se um símbolo da cidade. Sendo assim, a praia passou a viver seu período áureo, quando tornou-se a mais frequentada da cidade e recebendo a alcunha de "princesinha do mar" nos anos 30.
Foto: Reprodução de vídeo TV Globo
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O apelido “Princesinha do Mar” está relacionado à famosa canção brasileira chamada “Copacabana”, composta por Braguinha (também conhecido como João de Barro) e Alberto Ribeiro. A música foi escrita em 1934 e, desde então, se tornou um dos hinos não oficiais do bairro.
Foto: Domínio Público/Wikimédia Commons
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Houve o alargamento das pistas da Avenida Atlântica e a passagem por baixo do calçadão central do interceptor oceânico. Isso visava evitar que as ressacas chegassem até a Avenida Nossa Senhora de Copacabana e invadissem as garagens dos edifícios da Avenida Atlântica.
Foto: C Fundação Biblioteca Nacional
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A construção do Copacabana Palace e a formação do maior réveillon do país fizeram com que a praia atraísse eventos de diversos gêneros: musicais, políticos, esportivos, culturais.
Foto: Flickr Arquivo Nacional
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Em 2002, foi instalado na altura do Posto 6 uma estátua em homenagem ao poeta Carlos Drummond de Andrade. Pesando cerca de 150 quilos, a estátua se tornou mais um símbolo icônico do bairro, com o escritor sentado de pernas cruzadas de costas para o mar e o horizonte da praia de Copacabana.
Foto: - Flickr Adrian Dutch
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A partir do início da década de 60, o sacerdote do Omoloko, Tata Tancredo da Silva Pinto, decidiu realizar encontros de grupos religiosos na Praia de Copacabana, antes da chegada do ano novo. Ele tinha como objetivo diminuir o preconceito que as religiões de origem africana sofriam na época.
Foto: wikimedia commons Francisco Anzola
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Uma das principais marcas dessa revolução pirotécnica foi a cascata de fogos do Hotel Meridien, localizado na Av. Atlântica. Por 21 anos, a cascata foi uma das grandes atrações do réveillon na cidade, quando os fogos eram lançados do topo do prédio de 39 andares, cobrindo toda a fachada do arranha-céu em poucos minutos.
Foto: Gabriel Heusi/Wikimédia Commons
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Ainda na década de 1980, os comerciantes da região perceberam que show de fogos se transformaria em um evento capaz de atrair turistas do mundo todo. Hotéis e empresários do bairro decidiram patrocinar os primeiros foguetórios no réveillon de Copacabana.
Foto: - Reprodução de video
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De 23 a 28 de julho de 2013, a praia de Copacabana sediou todos os eventos centrais da Jornada Mundial da Juventude de 2013. Os eventos realizados na praia foram a missa de abertura, a acolhida ao Papa Francisco, a Via-Sacra, a Vigília e a missa de envio com o Papa, na qual compareceram 3,8 milhões de fiéis.
Foto: Reprodução de TV
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Nos Jogos Olímpicos de 2016, a praia sediou as competições de vôlei de praia, maratona aquática e triatlo. A Arena Copacabana é uma área móvel que foi construída na praia de Copacabana para a realização dessas modalidades.
Foto: Silviagliter/Wikimédia Commons
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A história do réveillon de Copacabana tem como seu capítulo mais trágico o naufrágio do Bateau Mouche, em 1988, quando 55 pessoas morreram no mar, a caminho da Praia de Copacabana, onde assistiriam à tradicional queima de fogos.