Sem controlar pandemia, Brasil perde 100 mil vidas para Covid

País ultrapassou marca simbólica na tarde deste sábado (8)

8 ago 2020 - 14h39
(atualizado às 14h51)

O Brasil ultrapassou neste sábado (8) a marca de 100 mil mortes na pandemia do novo coronavírus, desconsiderando a subnotificação que caracteriza a crise sanitária no país.

Instalação em Copacabana, no Rio de Janeiro (RJ), lembra as 100 mil vidas perdidas no Brasil durante pandemia
Instalação em Copacabana, no Rio de Janeiro (RJ), lembra as 100 mil vidas perdidas no Brasil durante pandemia
Foto: EPA / Ansa - Brasil

De acordo com levantamento nos sites das secretarias estaduais de Saúde, o Brasil acumula pelo menos 100.096 pessoas que não poderão mais "tocar a vida" em função da mais grave pandemia no mundo em um século.

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Ainda sem conseguir controlar a crise, o país também soma quase 3 milhões de casos (2.986.447). São Paulo é o estado com mais contágios (621.731) e mortes (25.016) em termos absolutos, enquanto Roraima lidera em números relativos, com 5.932 infecções e 90 óbitos para cada 100 mil habitantes.

O Brasil tem incidência de 1.419 casos para cada 100 mil habitantes, valor inferior apenas aos de Chile (1.981/100 mil), EUA (1.517/100 mil) e Peru (1.450/100 mil) entre países com mais de 10 milhões de pessoas, segundo dados do monitoramento da Universidade Johns Hopkins.

Já a incidência de óbitos no Brasil é de 48 para cada 100 mil habitantes, número que, levando em conta os mesmos critérios, o deixa atrás apenas de Bélgica (86/100 mil), Reino Unido (70/100 mil), Peru (65/100 mil), Espanha (61/100 mil), Itália (58/100 mil), Suécia (57/100 mil), Chile (53/100 mil), e EUA (49/100 mil).

Na última quinta-feira (6), ao comentar a iminência de o Brasil superar a marca de 100 mil mortes, o presidente Jair Bolsonaro disse: "A gente lamenta todas as mortes, mas vamos tocar a vida e se safar desse problema".  

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