A vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, Antônia Lúcia (PSC-AC), foi denunciada pelo Ministério Público Federal (MPF) no Acre por improbidade administrativa. Ela foi eleita no início do mês ao lado do deputado Pastor Marco Feliciano (PSC-SP) para comandar a Comissão de Direitos Humanos, o que gerou uma série de protestos no Brasil. Antônia é acusada de uso indevido de telefone funcional da Câmara quando ainda era candidata, em 2010.
Antônia Lúcia foi denunciada junto com seu marido, o deputado Silas Câmara (PSD-AM), que, segundo o MPF, foi o responsável por conceder o aparelho celular. De acordo com a denúncia, assinada pelo procurador Paulo Henrique Ferreira Brito, Câmara transferiu o aparelho celular com as despesas das contas pagas pela Câmara a Antonia Lúcia. Segundo a ação, o uso do telefone gerou uma conta de R$ 62 mil para os cofres públicos.
Em 2011, a deputada teve o mandato cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Acre (TRE-AC) por caixa-dois e aguarda recurso no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Semanas antes da eleição de 2010, a Polícia Federal recolheu quase R$ 500 mil em uma caixa de papelão que, conforme decisão do TRE, seria destinado à campanha da deputada. A parlamentar nega todas as acusações e diz ser vítima de perseguição política de seus adversários.
