Viagem de Lula a Portugal causa polêmica entre parlamentares

Declarações sobre guerra na Ucrânia desagradaram políticos

17 abr 2023 - 10h29
(atualizado às 11h56)
Lula só falou com alguns jornalistas por menos de 10 minutos pouco antes de deixar Pequim
Lula só falou com alguns jornalistas por menos de 10 minutos pouco antes de deixar Pequim
Foto: Reprodução/TV

As declarações do presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, sobre a guerra na Ucrânia causaram polêmica em Portugal, país para onde o líder brasileiro irá entre os dias 22 a 25 de abril, repercute a mídia local nesta segunda-feira (17).

Lula equiparou responsabilidades entre russos e ucranianos e sugeriu que o Ocidente parasse de fornecer armas para Kiev.

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O vice-presidente do Partido Social-Democrático (PSD), de centro-direita, Paulo Rangel, afirmou que não se opõe ao discurso que Lula fará no Parlamento no dia 25, mas pediu que nos encontros bilaterais o governo português "tome uma posição pública e formal" de afastamento dessas declarações.

Líder do partido conservador Iniciativa Liberal, Rui Rocha, disse que o Parlamento não pode aceitar um "aliado de Putin" e lembrou que o local aplaudiu um discurso do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, em abril do ano passado.

Já a vice-presidente da bancada parlamentar do Partido Socialista, de governo, Jamila Madeira, tentou por panos quentes na situação dizendo que Lula está buscando a paz na região e que declarações polêmicas sobre a guerra dadas por outros líderes europeus, como o presidente francês, Emmanuel Macron, não suscitaram as mesmas críticas da direita.

A visita de Lula ao Parlamento no dia 25 de abril, data que Portugal celebra a Revolução dos Cravos, que pôs fim à ditadura militar, já havia sofrido com uma outra polêmica interna. O ministro das Relações Exteriores, João Gomes Cravinho, anunciou que o presidente brasileiro faria um discurso durante a cerimônia solene para lembrar da ocasião, mas sem avisar os parlamentares.

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A situação foi resolvida com Lula passando a fazer um discurso em uma outra sessão do Parlamento sobre o tema, mas não a principal. 

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