Nos bastidores da política brasileira, lideranças da direita demonstram preocupação com o cenário de desarticulação que pode impactar o desempenho do campo conservador nas próximas eleições.
Movimentações recentes de partidos aliados e disputas internas entre diferentes setores, da centro-direita à extrema-direita, têm levantado alertas sobre a ausência de coordenação estratégica.
Diante desse contexto, dirigentes e parlamentares passaram a se manifestar publicamente sobre a necessidade de reorganização.
Nesta semana, o presidente do PP, legenda aliada do ex-presidente Jair Bolsonaro, fez uma declaração nas redes sociais defendendo a unificação da direita:
"Já está passando de todos os limites a falta de bom senso na Direita, digo aqui a centro-direita, a própria direita e seu extremo. Ou nos unificamos ou vamos jogar fora uma eleição ganha outra vez. Por mais que tenhamos divergências, não podemos ser cabo eleitoral de Lula, do PT e do PSOL. Não podemos fazer isso com o Brasil", escreveu o presidente do PP, aliado de Jair Bolsonaro no X.
Filhos de Bolsonaro negam apoio a Tarcísio
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) usou as suas redes sociais na noite da quarta-feira, 24 de setembro, para desmentir a informação do site Metrópoles de que o seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), concordou em apoiar o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), na disputa presidencial em 2026.
De acordo com a reportagem, o acordo foi costurado com os líderes do PP e do União Brasil, com a dúvida de quando a decisão seria anunciada.
O parlamentar publicou um print da notícia afirmando que se trata de uma Fake News e divulgou uma nota. Confira:
"Ao sair da casa do Presidente Bolsonaro e a matéria ao lado, obviamente, é mentirosa.
Aviso aos navegantes que Tarcísio, além de amigo, é uma pessoa preparadíssima, competente e não precisa ficar provando nada a ninguém toda hora, em especial sua lealdade a Bolsonaro.
Não conseguirão separá-lo de Bolsonaro e tenham convicção de que estaremos juntos em 2026, para desespero da extrema-esquerda, que deve morrer de inveja de não ter um Tarcísio em seus quadros. Estamos juntos, Tarcisão!."
Além dele, o Carlos Bolsonaro (PL), vereador do Rio de Janeiro, também negou o apoio do pai a Tarcísio:
"Eu estava com ele hoje não ouvi nada disso!", escreveu Carlos Bolsonaro no X, rebatendo a publicação.
Tarcísio em pesquisa
O atual governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), tem mais intenções de votos para presidente da República entre os eleitores do estado de São Paulo do que o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de acordo com pesquisa da AtlasIntel divulgada no dia 8 de setembro.
Entre os eleitores paulistas, Tarcísio tem 38% de intenções de voto a presidente da República, enquanto Lula tem 34%. Ciro Gomes (PDT) aparece em terceiro, com 9%, enquanto Ratinho Júnior (PSD) e Ronaldo Caiado (União Brasil) obtiveram 4%.
A pesquisa AtlasIntel ouviu 2.059 eleitores de São Paulo no período entre 29 de agosto e 3 de setembro. A margem de erro é de dois pontos porcentuais para mais ou para menos.
Em um eventual segundo turno para a disputa presidencial, Tarcísio venceria Lula no estado de São Paulo por 52% a 44%. Outros 4% correspondem a brancos, nulos ou não souberam opinar.