PR: Alvaro Dias quer oposição mais contundente ao governo Dilma
2 nov2010 - 16h51
(atualizado às 17h04)
Roger Pereira
Direto de Curitiba
O senador Alvaro Dias (PSDB-PR), que será líder do partido no Senado a partir de 2011, admitiu que a complacência da oposição com o atual presidente Lula favoreceu a alta popularidade alcançada pelo governo e a transferência de votos para Dilma Rousseff (PT), contribuindo para a derrota de José Serra (PSDB) na eleição presidencial. Alvaro espera que a próxima bancada de oposição, embora menor, seja mais contundente.
"Não podemos ser tão drásticos a ponto de afirmar que não houve oposição. Houve sim, mas não conseguimos dar volume a essa oposição. Ficou desigual a proporção do apoio com a oposição. Aí, é claro que prevalece, uma mentira repetida insistentemente acaba tornando-se verdade. Agora, a oposição vai ter que aprender com os erros, se organizar melhor e fazer uma oposição ativa, mais contundente", disse.
Sobre o futuro do PSDB, Alvaro disse que o momento é de discutir ações dos governos eleitos e das bancadas no Legislativo e não pensar nas próximas eleições. Mas ele comentou o até logo dado por Serra. "È muito bom que ele tenha essa disposição de continuar, afinal são 45 milhões de votos que não podemos descartar. Mas a eleição terminou, não vamos continuar falando de eleições, senão vamos nos desgastar. Principalmente se falarmos de nome. Lançar um nome agora, só se quiser queimar alguém", concluiu.
Futuro líder do PSDB no Senado, o paranaense Alvaro Dias disse que apesar da ampla maioria que a presidente eleita Dilma Rousseff (PT) terá no Congresso Nacional, ela poderá encontrar dificuldades para conter a ambição de seus aliados e para tomar medidas drásticas para corrigir algumas heranças que o presidente Lula deixará. Segundo Alvaro, Dilma receberá de seu antecessor um Estado inchado e com muitas despesas correntes e, devido ao grande número de aliados que terá que acomodar, será difícil conseguir frear essas despesas.
"O governo Dilma terá dificuldades. Lula teve um antecessor que preparou o cenário de tranqüilidade econômica e, assim pôde colher esses frutos que o levaram a tanta popularidade. Dilma não teve essa mesma sorte. Pega um Estado que engordou demais, com despesas correntes que aumentaram excessivamente e uma política de crédito artificial Tudo isso vai exigir providências drásticas e isso será desgastante, vamos ver algumas turbulências daqui para frente", previu o senador tucano, um dos nomes mais fortes que Dilma terá como oposição.
O senador pondera que a maioria governista no Congresso pode acabar pressionando a nova presidente. "Essa maioria esmagadora, de um lado é benéfica para o governo, que terá facilidade no Congresso, mas também é um complicador, porque a presidente eleita terá de administrar pretensões, pois os aliados vão querer pleitear espaço com a volúpia de sempre, o que vai exigir da nova presidente habilidade e competência política".
Para Alvaro, a derrota de Serra não foi surpresa, "porque a disputa foi desigual. De um lado uma máquina poderosa, a utilização da máquina pública de forma abuisva. De outro, uma estrutura inferior". Alvaro defende que a eleição de 2010 sirva de exemplo para mudanças na legislação eleitoral.
"Nesta campanha, tivemos uma série de multas por descumprimento da lei, mas as multas são irrisórias, não desestimulam a prática do ilícito. Na relação custo-benefício, a multa acaba sendo um benefício", disse, reclamando do uso do aparelho do Estado pela campanha de Dilma.
Ao lado da candidata, durante comício no Rio de Janeiro em julho, Lula disse que colocaria a mão no fogo por Dilma
Foto: Roberto Stuckert Filho
2 de 39
Em maio, Dilma Rousseff era pré-candidata do PT à presidência da República
Foto: Ricardo Matsukawa
3 de 39
A ainda pré-candidata do PT à presidência, Dilma Rousseff, se encontrou em junho com o diretor americano Oliver Stone em Brasília
Foto: Roberto Stuckert Filho
4 de 39
Em junho, Dilma simulou pilotar um dos aviões da Embraer durante visita à empresa em São José dos Campos (SP)
Foto: Roberto Stuckert Filho
5 de 39
No dia 13 de junho, na convenção do PT, Dilma e Michel Temer (PMDB) são oficializados como candidatos à presidência e vice-presidência da República
Foto: Valter Campanato
6 de 39
Em comício na cidade de Porto Alegre, em julho, a petista iniciou suas atividades de campanha ao lado de Tarso Genro, governador eleito do Rio Grande do Sul
Foto: Roberto Stuckert Filho
7 de 39
Em julho, Lily Marinho, viúva do ex-presidente das Organizações Globo, Roberto Marinho, ofereceu um almoço em sua mansão no Rio de Janeiro em homenagem à candidata do PT
Foto: Roberto Stuckert Filho
8 de 39
Dilma visitou Natal no final de julho e fez corpo a corpo com eleitores
Foto: Roberto Stuckert Filho
9 de 39
Em Uberlândia, Dilma toma o clássico cafézinho em padaria após fazer corpo a corpo com eleitores
Foto: Roberto Stuckert Filho
10 de 39
Em Curitiba, Dilma realizou um comício em julho ao lado de Lula, Michel Temer e Osmar Dias, então candidato ao governo do Paraná
Foto: Roberto Stuckert Filho
11 de 39
No primeiro debate entre os candidatos à presidência, na Rede Bandeirantes, Dilma afirmou que ela e o candidato tucano José Serra têm visões diferentes quanto à saúde
Foto: Fernando Borges
12 de 39
Dilma Rousseff visitou, no início de agosto, a Feira Permanente da Guariroba, em Ceilândia
Foto: Roberto Stuckert Filho
13 de 39
Dilma gravou partes de sua propaganda eleitoral no complexo esportivo da Favela da Rocinha, no Rio de Janeiro
Foto: Divulgação
14 de 39
Em uma de suas várias visitas a Minas Gerais, a ex-ministra da Casa Civil caminhou ao lado do candidato derrotado ao governo Hélio Costa (PMDB)
Foto: Roberto Stuckert Filho
15 de 39
Acompanhada da candidata ao governo do Estado Ideli Salvatti, Dilma percorreu as ruas de Florianópolis durante campanha em agosto
Foto: Fabrício Escandiuzzi
16 de 39
Dilma Rousseff se reuniu com trabalhadoras de seis centrais sindicais de São Paulo e afirmou que "o mulherio" está começando a tomar posição
Foto: Roberto Stuckert Filho
17 de 39
Em discurso durante comício em Osasco, Dilma atacou o DEM por ter entrado com uma ação contra o ProUni no Supremo Tribunal Federal (STF) e defendeu o programa Bolsa Família
Foto: Ricardo Matsukawa
18 de 39
Ao lado do candidato derrotado ao Senado Netinho de Paula (PCdoB), Dilma vestiu um boné com o logotipo do PT, durante o comício em Mauá, no fim de agosto
Foto: Ivan Pacheco
19 de 39
Com liderança já folgada nas pesquisas de intenção de voto, Dilma é saudada pela militância no Recife
Foto: Roberto Stuckert Filho
20 de 39
Durante seu discurso em Goiás, na visita da candidata em setembro, Dilma destacou o fato de poder ser a primeira presidenta da história do Brasil
Foto: Divulgação
21 de 39
Em meio a campanha, Gabriel, neto de Dilma Rousseff, nasceu no dia 9 de setembro de 2010
Foto: Roberto Stuckert Filho
22 de 39
O ator portorriquenho Benicio del Toro se encontrou em setembro com Dilma. Ele arrancou suspiros da candidata que admitiu que "sem dúvida, ele é muito bonito"
Foto: Roberto Stuckert Filho
23 de 39
No último debate presidencial do primeiro turno, na TV Globo, Dilma e seu principal opositor, José Serra (PSDB), não se enfrentaram cara a cara
Foto: Ichiro Guerra
24 de 39
A petista votou, no dia 3 de outubro, às 9h17 na Escola Estadual Santos Dumont, na Vila Assunção, zona sul de Porto Alegre (RS)
Foto: AP
25 de 39
No pronunciamento após o primeiro turno, a candidata Dilma disse, em Brasília, que iria encarar o segundo turno com "garra"
Foto: Vinicius Thompson
26 de 39
Os candidatos à presidência se cumprimentaram antes de se enfrentarem no primeiro debate do segundo turno, na TV Bandeirantes
Foto: Fernando Borges
27 de 39
O tema religião dominou boa parte da campanha do segundo turno presidencial. Na Aparecida, o sacerdote recomendou à candidata "rezar, rezar e rezar", em fase final das eleições
Foto: Lucas Lacaz Ruiz
28 de 39
Dilma Rousseff (PT) visitou o Centro Integrado de Reabilitação (Ceir), em Teresina, no Piauí, na reta final da campanha eleitoral
Foto: Yala Sena
29 de 39
A presidenciável petista realizou um comício em Belo Horizonte acompanhada do presidente Lula e do vice-presidente José Alencar
Foto: Roberto Stuckert Filho
30 de 39
No Rio de Janeiro, Dilma recebe apoio de vários artistas e intelectuais, como Alcione, Oscar Niemeyer, Beth Carvalho e Chico Buarque. "Minha função aqui é ser papagaio de pirata, tirar foto com a Dilma", disse o compositor
Foto: Ichiro Guerra
31 de 39
Um dia depois de seu adversário tucano ter sido atingido por objetos no Rio de Janeiro, Dilma foi alvo de bexigas d'água durante campanha no Paraná, mas não se molhou. A candidata foi protegida por um guarda-chuva
Foto: Jonathan Campos
32 de 39
Participação recorrente em suas campanhas, o presidente Lula abraça e parabeniza Dilma Rousseff por liderança nas pesquisas
Foto: Roberto Stuckert Filho
33 de 39
Em comício em Carapicuíba, Dilma Rousseff recebe abraço de militante petista
Foto: Roberto Stuckert Filho
34 de 39
Em Fortaleza, a candidata Dilma Rousseff participa de comício e ganha presente de miltante
Foto: Roberto Stuckert Filho
35 de 39
A dois dias da disputa, Dilma participa de último debate, promovido pela Rede Globo entre os candidatos à presidência da República
Foto: Roberto Stuckert Filho
36 de 39
Em ato de defesa ao meio ambiente, Dilma Rousseff ouve e cumprimenta líder indígena
Foto: Roberto Stuckert Filho
37 de 39
Animados, presidente Lula, candidata Dilma Rousseff e o governador eleito do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral pedem votos nas ruas do Estado
Foto: Roberto Stuckert Filho
38 de 39
Ao lado da companheira de partido e senadora eleita por São Paulo, Marta Suplicy, Dilma Rousseff acena para militância durante comício
Foto: Roberto Stuckert Filho
39 de 39
Em Vitória da Conquista, na Bahia, Dilma Rousseff, recebe com carinho "pequena militante"