Políticos brasileiros têm de cachorro até boi como animal de estimação; veja imagens

Alvorada ganhará nova moradora com a adoção da cadela Esperança por Janja; últimos presidentes mantiveram cães por perto nos palácios; deputado mineiro brigou na Justiça para manter pet incomum em condomínio onde vive

11 mai 2024 - 17h10
(atualizado em 12/5/2024 às 06h06)

A cadela adotada pela primeira-dama Rosangela da Silva, a Janja, na última semana no Rio Grande do Sul, em meio à tragédia das chuvas, é mais um cão que figurará pelas dependências do Palácio da Alvorada. A cachorrinha recebeu o nome de "Esperança", foi resgatada em Canoas e terá a companhia de "Resistência", que subiu a rampa do Palácio do Planalto no dia 1º de janeiro de 2023, quando Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assumiu seu terceiro mandato como presidente da República.

Resistência ficou conhecida por circular no acampamento formado por militantes e apoiadores de Lula, em Curitiba, no período em que ele ficou preso na carceragem da Polícia Federal por força da condenação em segunda instância por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no âmbito da Operação Lava Jato.

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Ao subir a rampa do Palácio do Planalto, Resistência se tornou o primeiro animal a participar do ato de posse presidencial de maneira direta. Ainda no atual mandato, Lula e Janja têm a cadela Paris para fazer companhia.

Jair Bolsonaro (PL) também levou cachorros para morar no Alvorada durante seu mandato entre 2019 e 2022. Uma página no Instagram, que foi abastecida com fotos até 2021, mostrava o cotidiano dos cães em Brasília.

O cachorro que ficou famoso por participar também de um ato oficial foi Nestor. Em 2020, o então presidente Bolsonaro sancionou uma lei para ampliar a pena contra maus-tratos aos animais. Nestor "assinou" a sanção junto ao ex-chefe do Poder Executivo.

"Quem não demonstra amor por um animal, como um cão, por exemplo, não pode demonstrar amor, no meu entender, por quase nada nessa vida", disse Bolsonaro, na ocasião. A prática de abuso e maus-tratos a animais é punida com pena de reclusão de dois a cinco anos, além de multa e a proibição de guarda.

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Nego precisou ser sacrificado por ser portador de mielopatia degenerativa canina, o que ocorreu em 2016, pouco antes de Dilma deixar o cargo. A medida foi tomada por recomendação médica, para abreviar o sofrimento do animal. Ele estava com Dilma desde 2005.

Um pouco mais distante na história, João Batista Figueiredo era aficionado por cavalos. Em 1982, uma foto do "Jornal da Tarde", publicação do Grupo Estado, dizia que o último presidente da ditadura militar (1964-1985) cavalgou por duas horas em seu cavalo Corsário.

Figueiredo, que ocupou a Presidência entre 1979 e 1985, durante o regime militar, foi questionado por um repórter no final da década de 1970 sobre gostar do "cheiro do povo". A resposta entrou para a história. "O cheirinho do cavalo é melhor".

Em junho de 1982, Jornal da Tarde publicou foto de Figueiredo montado em seu cavalo corsário: duas horas de cavalgada
Em junho de 1982, Jornal da Tarde publicou foto de Figueiredo montado em seu cavalo corsário: duas horas de cavalgada
Foto: Acervo Estadão / Estadão

Entre atuais governadores, destaca-se Ronaldo Caiado (União Brasil), de Goiás. O político, cotado para disputar a Presidência da República em 2026, é declaradamente apaixonado por cachorros. Há vídeos, inclusive, em suas redes sociais, de um compilado de imagens de Caiado com cães.

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Em fevereiro deste ano, o governador de Goiás fez um sorteio para doar cães recém-nascidos. O sorteio ocorreu no dia 29 daquele mês. "Sempre que eu posto meus cachorros aqui nas redes sociais, muita gente me pede um filhotinho. Com a casa cheia de bebezinhos, resolvi fazer um sorteio para aqueles que, como eu, são apaixonados pelos cachorros. Esse é um presente de coração, viu?!", disse na ocasião.

Governador de Goiás durante vídeo em sua fazenda
Foto: @ronaldocaiado via Instagram / Estadão

Já o deputado estadual de Minas Gerais Noraldino Junior (PSB) tem um animal mais incomum como pet. Ele mantém em seu condomínio um boi. O caso parou até na Justiça, porque moradores do local não concordaram a presença do animal de estimação em uma área urbana.

Em 2021, no entanto, a Justiça manteve o boi Ferdinando sob guarda do parlamentar. "Apesar de estar em um terreno ao lado da casa do Noraldino, ter toda a estrutura, espaço e condições de ser feliz, houve um abaixo-assinado para retirar o Ferdinando, sob o argumento de que ali não era uma área rural. Mas, por determinação judicial, o Ferdinando vai ficar", registrou a assessoria do deputado nas redes sociais.

Em uma publicação no Instagram, um seguidor pergunta a Noraldino se ele acha estranho ter um porco como pet. Ele, então, responde: "Eu tenho um boi que é pet. Olha, aqui, o Ferdinando."

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