Para deputado do PT, direita tenta catalisar manifestações populares

Segundo Paulo Teixeira, PSDB adotou uma postura de repressão ao movimento

21 jun 2013 - 12h44
(atualizado às 12h51)

O ex-líder do PT na Câmara dos Deputados, Paulo Teixeira (PT-SP), afirmou nesta sexta-feira, em entrevista ao Terra, que um movimento mais próximo à direita tem tentando catalisar o movimento que levou às ruas milhares de pessoas às ruas de São Paulo, e que os governos petistas em locais onde ocorrem manifestações, como Brasília e Salvador, tiveram postura diferente da adotada pelo governador paulista Geraldo Alckmin (PSDB). 

Segundo o deputado, o PSDB adotou uma postura de repressão ao movimento. Citando a manifestação do dia 13 de junho, em que diversos manifestantes e jornalistas ficaram feridos pela ação da Polícia Militar, Teixeira afirmou que nos Estados comandados pelo PT a ação foi menos violenta. “O governo do Distrito Federal (comandado por Agnelo Queiroz) não teve o número de feridos que tivemos na quinta-feira (em São Paulo)”, afirmou o deputado. 

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De acordo com o deputado, o PT teve uma postura “infeliz” quando os primeiros protestos eclodiram, mas depois o partido se conscientizou dos movimentos nas ruas, e se abriu para diálogo. “Aquilo foi uma surpresa para todo mundo, então eles pegaram o nosso partido, o prefeito (de São Paulo, Fernando Haddad) de surpresa”, disse. “Mas o diálogo foi harmonizando nossas relações.”

Votação de pautas

Questionado sobre a força dos protestos e possíveis soluções para satisfazer as demandas dos manifestantes, Teixeira afirmou que cabe ao Legislativo agilizar a votação de propostas que agradem, principalmente, a juventude, como a destinação de 10% dos royalties do Pré-Sal para a Educação, e enterrar outras propostas, como o Estatuto do Nascituro, a PEC 37, e a “cura-gay”. “A PEC 37 não tem o menor clima para ser votada", disse. “(O Congresso) não pode deixar prosperar projetos que dialogam com uma minoria do pensamento da sociedade.”

Ação policial

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Para Teixeira, os feridos em protestos em diversas cidades demonstram um “despreparo” da polícia brasileira para lidar no controle de manifestações populares. “(As manifestações) Requer da polícia uma manifestação maior”, disse o deputado, que citou o excesso de força usado pela Polícia Militar paulista no último dia 13, e a constatada ausência de policiais e demora de ação na terça-feira (18), quando vândalos tentaram invadir a prefeitura de São Paulo. 

Fonte: Terra
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