Moraes manda Bangu 8 informar se hospital penitenciário pode tratar Roberto Jefferson

O aliado do presidente Jair Bolsonaro voltou ao cárcere após descumprir medidas cautelares impostas pelo STF e ainda atacar agentes da PF

21 nov 2022 - 21h34
(atualizado às 21h46)
Roberto Jefferson foi preso em agosto de 2021 no âmbito do inquérito das milícias digitais.
Roberto Jefferson foi preso em agosto de 2021 no âmbito do inquérito das milícias digitais.
Foto: Reprodução/Instagram Roberto Jefferson / Estadão

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, atendeu pedido da Procuradoria-Geral da República e deu 48 horas para que o diretor de Bangu 8, na zona Oeste do Rio, apresente um laudo médico sobre a capacidade ou não de o hospital penitenciário tratar o ex-deputado Roberto Jefferson. O aliado do presidente Jair Bolsonaro voltou ao cárcere após descumprir medidas cautelares impostas pelo STF e ainda atacar agentes da Polícia Federal com tiros de fuzil e granadas.

O despacho do ministro do STF foi lançado no sistema da Corte máxima nesta segunda-feira, 21, mas é datado de sábado, quando a vice-procuradora-geral da República Lindôra Araújo defendeu que a transferência do ex-deputado só deve ocorrer se o presídio não tiver estrutura para tratÁ-lo.

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O pedido de transferência de Roberto Jefferson foi encaminhado ao STF na sexta-feira, 18, após um médico da família ir até Bangu para uma consulta e sugerir a internação do ex-deputado para a realização de uma bateria de exames.

A defesa sustentou que Jefferson precisava ser internado com urgência em "ambiente hospitalar adequado", alegando que o ex-deputado sofre risco de trombose e colangite (inflamação das vias biliares).

Durante sua primeira passagem por Bangu em razão da prisão decretada pelo Supremo, Roberto Jefferson chegou a ser transferido para o Hospital Samaritano Barra. De lá, o ex-deputado chegou a gravar um vídeo em que diz 'orar em desfavor do Xandão' e afirma que que 'Xandão não tem misericórdia de ninguém', enquanto lê trechos da Bíblia. O contexto de divulgação da gravação está sob investigação.

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