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Em Paris, Barbosa diz 'se divertir' com suposta candidatura

Presidente do STF negou que pretenda se candidatar à Presidência da República

24 jan 2014 - 15h40
(atualizado às 16h16)
<p>O presidente do STF também manteve encontros com alunos e pesquisadores da Universidade Sorbonne</p>
O presidente do STF também manteve encontros com alunos e pesquisadores da Universidade Sorbonne
Foto: Mário Camera / Especial para Terra

O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Joaquim Barbosa, está se divertindo com as especulações sobre uma possível candidatura sua à Presidência da República e negou disputar o cargo nas eleições deste ano.

"Estou me divertindo com isso", disse Barbosa, na saída de um colóquio no Conselho Constitucional da França, em Paris, onde está em visita oficial.

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Joaquim Barbosa participou de um colóquio organizado pela Universidade Sorbonne, em Paris
Foto: Mário Camera / Especial para Terra

Sua possível candidatura ao Palácio do Planalto chegou, inclusive, aos ouvidos da ministra da Justiça da França, Christine Taubira, que questinou o magistrado sobre o assunto, durante um encontro entre ambos, na última quarta-feira.

"A Taubira e os outros falaram disso. Eu não tenho pesquisa nenhuma, não sou candidato, não estou preocupado com isso", afirmou o presidente do STF, bem-humorado.

Barbosa tem fama de ser truculento com a imprensa, mas nesta manhã aceitou falar com os jornalistas que o aguardavam na saída do colóquio. O magistrado só fechou a cara quando foi abordado o suposto mal-estar entre seus colegas do STF. Uma situação que teria sido motivada pelo fato do presidente da corte ter saído de férias sem expedir o mandado de prisão contra o deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP).

"Eu não estou preocupado com nada disso", disse Barbosa, em Paris, onde participou do colóquio organizado pela Universidade Sorbonne.

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Na última quarta-feira, o ministro já havia dito que não expediu o mandado de prisão contra João Paulo Cunha por “falta de tempo”. No último dia 6, logo após assinar a decisão de prender o parlamentar, Barbosa tirou férias da presidência do STF e deixou o País.

O magistrado também negou que as prisões dos condenados no julgamento do mensalão estejam sendo realizadas em conta-gotas, ao lembrar que 12 condenados já foram para a cadeia.

"Cada caso é um caso. Nós estamos analisando a vida de pessoas e eu não cuido só disso", afirmou o presidente do STF, antes de garantir aos jornalistas que não tem lido nenhum jornal brasileiro desde o início de suas férias.

Sem paciência com os assuntos ligados ao noticiário brasileiro, Barbosa evitou, ainda, comentar a atitude do ex-ministro e ex-presidente do STF Nelson Jobim.

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Jobim doou R$ 10 mil para ajudar a pagar a multa à qual foi condenado o ex-deputado José Genoíno (PT-SP), por seu envolvimento no mensalão. Perguntado a respeito, Barbosa respondeu com uma careta. 

Para Barbosa, substituto deveria ter pedido prisão de João Paulo Cunha
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Vítima do sucesso

Apesar de não querer tocar no assunto com os jornalistas, durante sua apresentação no colóquio desta manhã, o presidente do STF explicou a uma plateia lotada a relação entre a imprensa e os juízes da mais alta corte brasileira.

Barbosa falou sobre a TV Justiça e a transmissão de sessões importantes na corte - como a que tratou do aborto ou do casamento entre pessoas do mesmo sexo. Ao comentar a grande audiência e repercussão registradas nessas ocasiões, o magistrado afirmou que o STF é "vítima de seu sucesso".

No entanto, mesmo defendendo o papel da TV Justiça na cobertura dos trabalhos do STF,  Barbosa disse acreditar que a grande quantidade de jornalistas cobrindo o Supremo diariamente é uma das causas de "especulações" sobre questões pessoais dentro do tribunal.

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"Para o que diz respeito ao conteúdo das decisões, infelizmente, eu diria que a imprensa não é mais a mesma em contar o essencial das decisões",  lamentou o magistrado. 

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Mas Barbosa não se ateve apenas à imprensa, ao falar da relação entre a mídia e o tribunal. O presidente do STF  lembrou que os onze ministros que compõe o tribunal devem dar prova de contenção, para que, segundo ele, "triunfe a colegialidade sobre a individualidade".

Joaquim Barbosa está em visita oficial a Paris desde a última quarta-feira e deixará a capital francesa na próxima segunda, quando segue para Londres, onde cumpre agenda oficial.

Em Paris, além do colóquio desta sexta-feira e a reunião com a ministra Taubira, o presidente do STF teve encontros com acadêmicos na Universidade Sorbonne. O ministro não terá compromissos oficiais no fim de semana.

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Fonte: Especial para Terra
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