CPI do INSS pede prisão preventiva e quebra sigilos fiscal e bancário do advogado Nelson Wilians

Escritório de Wilians entrou na mira da investigação porque recebeu pagamentos de envolvidos na fraude do INSS

25 set 2025 - 11h43
(atualizado às 12h24)
Resumo
A CPI do INSS pediu a prisão preventiva e a quebra dos sigilos fiscal e bancário do advogado Nelson Wilians, investigado por suspeita de envolvimento em fraude bilionária no sistema previdenciário e lavagem de dinheiro.
Nelson Wilians é interrogando pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS
Nelson Wilians é interrogando pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS
Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS aprovou, nesta quinta-feira, 25, a quebra dos sigilos fiscal e bancário do advogado Nelson Wilians, um dos suspeitos de participar do esquema bilionário de descontos irregulares em aposentadorias e pensões.

Os requerimentos aprovados pelo colegiado preveem a transferência de informações financeiras de Wilians em dois períodos: entre janeiro de 2019 e dezembro de 2024; e entre setembro de 2020 e setembro de 2025. 

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A CPI também aprovou o envio ao Supremo Tribunal Federal (STF) de um pedido de prisão preventiva de Wilians. 

Na semana passada, Nelson Wilians prestou depoimento na CPMI. Ele negou qualquer participação na fraude e também disse não conhecer o lobista Antonio Carlos Camilo Antunes, conhecido como "Careca do INSS".

Operação 

O escritório do advogado Nelson Wilians foi alvo de um mandado de busca e apreensão no último dia 12, durante a Operação Cambota da Polícia Federal (PF), um desdobramento da Operação Sem Desconto.

De acordo com a PF, o escritório de Wilians entrou na mira da investigação porque recebeu pagamentos de envolvidos na fraude e fez uma transferência a presos do esquema, como Maurício Camisotti. 

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Relatórios do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) apontaram operações atípicas de cerca de R$ 4,3 bilhões entre 2019 e 2024 em contas do escritório de Wilians.  

A PF suspeita de que as operações tinham o objetivo de lavagem de dinheiro. 

O Terra busca contato com o advogado para comentar o pedido da CPMI.

Fonte: Portal Terra
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