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Comissão do Senado aprova indicação de Fachin ao STF

13 mai 2015 - 07h26

O jurista Luiz Edson Fachin, indicado pela presidente Dilma Rousseff para o Supremo Tribunal Federal (STF), foi aprovado na noite de terça-feira na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado para a vaga, após uma das mais longas sabatinas da história do Senado.

Jurista Luiz Edson Fachin, indicado pela presidente Dilma Rousseff para o STF, durante sabatina, em Brasília.  12/05/2015
Jurista Luiz Edson Fachin, indicado pela presidente Dilma Rousseff para o STF, durante sabatina, em Brasília. 12/05/2015
Foto: Ueslei Marcelino / Reuters

    Aprovado na CCJ por 20 votos a 7 depois de uma sabatina de mais de 10 horas, o nome ainda terá de ser ratificado pelo plenário do Senado, no dia 19, para que possa assumir a cadeira deixada livre com a aposentadoria de Joaquim Barbosa, em julho do ano passado.

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    A indicação de Fachin, professor da Universidade Federal do Paraná, foi feita por Dilma no mês passado e desde então esteve cercada de polêmicas.

    Com ligações com o PT, o Movimento dos Sem-Terra e a Central Única dos Trabalhadores (CUT), o jurista teve tratamento duro de senadores contrários a sua indicação durante a sabatina. Contou, no entanto, com uma defesa enfática do relator do seu processo na CCJ, o senador Álvaro Dias (PSDB-PR).

    Durante os questionamentos dos senadores, Fachin negou que tenha qualquer filiação política, mas reconheceu que trabalhou, no passado, na equipe de campanha de José Richa ao governo do Paraná, e ainda que gravou um depoimento a favor de um aluno que candidatou-se a deputado pelo PPS.

    Também foi alvo de críticas por conta de posições consideradas liberais por grupos conservadores, abordadas pelo jurista logo em suas considerações iniciais antes da sabatina nesta terça-feira, ocasião em que afirmou seu compromisso com os valores da família.

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    Fachin acrescentou, ao ser questionado por um parlamentar representante da bancada ruralista sobre ações de movimentos sociais, como fechar estradas e invadir propriedades, que  movimentos que “se deturparam” e usam da violência  merecem “o rechaço da ordem jurídica” e repudiou qualquer tipo de violência.

Posicionou-se ainda em defesa de entendimento do STF pela constitucionalidade de lei que impede desapropriação de terras invadidas.

    O fato de ter atuado como advogado enquanto procurador do Estado do Paraná também foi levantado por senadores --da oposição e alguns da base aliada-- como um impedimento para que assumisse a vaga no STF.

    Fachin argumentou, antes da votação, que exerceu a dupla função após consulta ao procurador-geral do Estado na época, amparado pelo decreto de sua nomeação que vedava apenas a advocacia contra a Fazenda Pública, e ainda à Câmara da Ordem dos Advogados do Brasil, que chancelou sua atividade.

    Durante a sabatina, o jurista aproveitou para defender a autonomia e independência entre os Poderes, chegando a afirmar, ao ser questionado sobre o financiamento privado de campanhas, tema que aguarda votação na Supremo Corte, que em “algumas circunstâncias” o Supremo “desborda” de suas funções.

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    Sobre o mensalão, esquema de compra de apoio político deflagrado no primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o indicado afirmou que o STF deu uma “resposta” à sociedade ao julgar o caso.

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