'‘A lei é para ser aplicada igualmente para todos’, diz Cármen Lúcia em voto no julgamento da trama golpista

A decana é a quarta ministra a votar no processo

11 set 2025 - 14h45
(atualizado às 15h55)

A ministra do Supremo Tribunal Federal, a decana Cármen Lúcia, defendeu no início do seu voto no julgamento da trama golpista que a lei deve ser “aplicada igualmente para todos”. A magistrada é a quarta a votar na ação que tem com réu o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete. 

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“Talvez o diferencial mais candente, além do ineditismo do tipo penal, abolição do Estado democrático de direito e golpe de Estado, a circunstância de estarmos a afirmar que a lei é para ser aplicada igualmente para todos, e responsabilidade, incluída a penal, é para ser apurada nos termos da legislação aplicada, e o que vier a ser apurado, haverá de ser objeto de julgamento, é que leva tanto interesse por esta ação", afirmou nesta quinta-feira, 11. 

Em seguida, ela aponta que desde a denúncia, os fatos narrados na ação "não foram negados na sua essência", e que a República tem um "melancólico histórico" de golpe e tentativas de golpe de Estado, por isso, "a importância de cuidar do nosso presente processo". 

Depois, a ministra fez um breve resumo sobre o histórico democrático do país, falando sobre as eleições já feitas desde a Constituição de 1988. "Não foram apenas de rosas esse período. Tivemos dois impeachments de presidentes da República, estudantes foram às ruas, caminhoneiros foram às ruas."

O ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, foi o primeiro a votar e decidiu pela condenação dos réus. Flávio Dino seguiu o relator. Luiz Fux discordou dos colegas, demorou mais de 9h para concluir seu parecer sobre o ex-presidente e optou pela absolvição em todos os crimes.

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O julgamento está previsto para terminar até sexta-feira, 12. Depois da ministra Cármen Lúcia, é a vez do ministro Cristiano Zanin (presidente da Turma) apresentar seu voto. 

Ministra Cármen Lúcia durante seu voto no processo da trama golpista
Ministra Cármen Lúcia durante seu voto no processo da trama golpista
Foto: Reprodução/Youtube/STF
Fonte: Redação Terra
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