- Marcus Vinicius Pinto
- Direto do Rio de Janeiro
Sem tiroteio e com um efetivo de cerca de 2 mil homens, a Polícia Militar do Rio, com apoio de 13 blindados da Marinha e dois helicópteros,ocupou o Complexo de Manguinhos, onde se encontram as favelas de Manguinhos, Mandela, Varginha e Jacarezinho, considerada uma das mais perigosas do Rio e abrigo da maior cracolândia da cidade.
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A operação, chamada Pacificação Manguinhos, começou por volta das 5h da manhã e é preparatória para a implantação de mais uma Unidade de Polícia Pacificadora na cidade. A favela de Manguinhos deve receber a UPP dentro de 30 dias, enquanto o Jacarezinho vai ser ocupado pela Polícia Civil e receberá a ocupação permanente a partir do início de 2013, beneficiando cerca de 36 mil pessoas, de acordo com o último censo do IBGE.
O relações-públicas da PM, coronel Frederico Caldas, disse que agora começa um trabalho meticuloso. "A Inteligência e a integração entre as polícias foi fundamental para que tudo esteja tranquilo até agora", disse, no Quartel General da Polícia, local de concentração das informações da operação.
Às 6h30, o delegado Marcus Vinicius Braga, da Coordenadoria de Recursos Especiais da Polícia Civil (Core), confirmou que o Jacarezinho já tinha sido tomado pela polícia. De acordo com a Polícia Militar, até o momento cerca de 10 kg de maconha já foram apreendidos.
Durante a ocupação, várias ruas importantes da zona norte da cidade foram bloqueadas ou tiveram reforço de policiamento, como as avenidas Dom Helder Câmara, dos Democráticos e Brasil. A Secretaria Municipal de Assistência Social da prefeitura está apoiando as ações recolhendo usuários de crack que ocupam a região. De acordo com a secretaria, até o início da manhã 62 adultos e cinco menores, dependentes de crack, estão sendo levados a centros especializados de acolhimento.
Além da Polícia Militar, dos Fuzileiros Navais e da Polícia Civil, participam da operação policiais federais e da Polícia Rodoviária Federal, em busca de armas, drogas e dez dos principais traficantes da região, entre eles: Marcelo Veiga, o Marcelo Piloto, considerado o chefe do tráfico nas favelas do Mandela I, II e III; e Diogo Feitosa, o DG, que há três meses foi resgatado por comparsas da delegacia do Engenho Novo, e é responsável por ações na chamada Faixa de Gaza, rua Leopoldo Bulhões, em Mangunhos.
A polícia também busca Wallace Carlos da Conceição, o Churrasquinho; Davi Moraes de Sá, o Davi Paraíba; Luiz Claudio Ferreira da Silva, o Foca; Luis Augusto Oliveira de Farias, o Índio do Mandela; Pedro Carlos Correa de Menezes, o Picasso; André Luiz Cabral dos Santos, o Lacraia; Eduardo Herculano da Silva, o Avião; e Fábio Gonçalves da Silva, o Fabinho Bernard.
A polícia trabalha com patrulhas na região desde a última quinta-feira e também trabalha na Baixada Fluminense e na região de São Gonçalo, para onde os traficantes locais podem ter fugido nos dias prévios à ocupação. A Secretaria de Segurança trabalha ainda com a possibilidade da colaboração da polícia através do Disque Denúncia (21-2253-1177) ou para o 190 da Polícia Militar. Até o momento, ninguém foi preso.
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Policial patrulha escombros do Complexo de Manguinhos. A operação se iniciou pouco antes das 5h da manhã
Foto: AP
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Morador passa por policiais durante ocupação no Jacarezinho
Foto: AP
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Policial monta guarda durante a ocupação em Manguinhos
Foto: AP
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Clientes de bar observam policial durante ocupação no Jacarezinho; não houve feridos na operação
Foto: AP
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Policiais durante o trabalho de ocupação do Complexo de Manguinhos, para instalação de nova Unidade de Polícia Pacificadora (UPP)
Foto: AP
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Policial patrulha escombros de residências em Manguinhos na operação conjunta envolvendo cerca de 2 mil policiais nas favelas de Manguinhos, Mandela, Varginha e Jacarezinho, região considerada uma das mais perigosas do Rio de Janeiro
Foto: AP
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Policiais usaram maquinário pesado para ter acesso a certas áreas de Jacarezinho
Foto: Marino Azevedo
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Barricadas foram feitas pelos traficantes para impedir o acesso dos policiais
Foto: Marino Azevedo
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Com apoio de tanques, a operação de ocupação avançou para dentro da comunidade de Manguinhos
Foto: Felipe Dana
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Helicóptero sobrevoa Manguinhos, onde a Polícia Militar, acompanhada do Exército e da Polícia Civil realiza a ocupação para instalação de UPPs
Foto: Felipe Dana
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Policiais revistaram e verificaram a identidade de todos os que entraram e saíram dos complexos ocupados
Foto: Marino Azevedo
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As operações de ocupação em Maguinhos e Jacarezinho contaram com o apoio das forças armadas, com contingente e tanques
Foto: Marino Azevedo
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Visão aérea do complexo Jacarezinho, que passou por ocupação de forças policiais do Rio para instalação de uma UPP neste domingo
Foto: Marino Azevedo
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O governador do Rio, Sergio Cabral, garantiu que o Estado não vai abandonar a comunidade do Jacarezinho após a ocupação
Foto: Marcus Vinícius Pinto
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A operação no Rio foi articulada pelo governo, representado pelo governador Sergio Cabral e pelo secretário José Beltrame, além de representantes da marinha e de outras instituições de segurança
Foto: Carlos Magno
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Na entrevista coletiva sobre a ocupação dos complexos Manguinhos e Jacarezinho, neste domingo, a inteligência e a integração na operação foram elogiadas
Foto: Marcus Vinícius Pinto
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Durante a operação, usuários de crack foram retirados do complexo. Segundo a assistência social, 104 pessoas foram deslocadas
Foto: Prefeitura do Rio
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Mais de mil homens entraram nas comunidades de Manguinhos, Jacarezinho, Mandela e Varginha, na zona norte do Rio, na operação de pacificação, que envolve integrantes das polícias Civil, Militar (PM), Federal (PF) e Rodoviária Federal (PRF), além de fuzileiros navais
Foto: Vladimir Platonow
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Policial do BOPE carrega crianças em um triciclo após a ocupação dos complexos de Manguinhos e de Jacarezinho, no Rio. A operação instala uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) na região
Foto: Marino Azevedo
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O passeio no triciclo do BOPE com crianças da comunidade, para as autoridades, marca a aproximação da autoridade às pessoas que moram nos locais com UPPs
Foto: Marino Azevedo
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O hasteamento da bandeira marcou a ocupação no complexo de favelas, realizado pela polícia, com apoio de outras forças de segurança, neste domingo, no Rio
Foto: Vladimir Platonow
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Em meio à ocupação, dois galos brigam pelas ruas da favela enquanto os policiais entram na comunidade
Foto: Sergio Moraes
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Drogas foram apreendidas durante a ocupação em Jacarezinho e Manguinhos, após revistas a residências e locais com entulhos dentro do complexo
Foto: Ricardo Moraes
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Centenas de homens estiveram envolvidos na ocupação dos complexos de Manguinhos e Jacarezinho, no Rio de Janeiro. A operação contou com apoio da Marinha e de forças policiais
Foto: Felipe Dana
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Cabral cumprimentou o secretário de Segurança Pública do Estado, José Mariano Beltrame, pelo sucesso da Operação Manguinhos, que ocupa o Complexo de Manguinhos, na zona norte, e que engloba as favelas de Manguinhos, Jacarezinho, Mandela e Varginha
Foto: Marcus Vinicius Pinto
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O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, quer revitalizar a região do Complexo de Manguinhos, retomando indústrias e desapropriando terrenos para a construção de 9 mil moradias nos próximos anos
Foto: Marcus Vinicius Pinto
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Mais de mil homens entraram nas comunidades de Manguinhos, Jacarezinho, Mandela e Varginha, na zona norte do Rio de Janeiro, na operação de pacificação que envolve integrantes das polícias Civil, Militar (PM), Federal (PF) e Rodoviária Federal (PRF), além de fuzileiros navais
Foto: Vladimir Platonow
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Helicópteros da Secretaria de Segurança do Estado do Rio de Janeiro sobrevoam as áreas das comunidades ocupadas
Foto: Vladimir Platonow
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Jéferson de Souza Lopes, que presenciou a ocupação policial da favela de Manguinhos, sobrevive catando garrafas pet às margens do Rio Faria-Timbó
Foto: Vladimir Platonow
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A costureira Rosimere Conceição Vitória reclama da falta d´água na Comunidade Agrícola, a mais pobre da região de Manguinhos, ocupada neste domingo
Foto: Vladimir Platonow
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A ocupação dos conjuntos de favelas foi bem recebida pelos moradores, que pedem melhorias, como o líder comunitário Rogério Araújo da Silva, que denuncia a situação de extrema pobreza da comunidade
Foto: Vladimir Platonow
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14 de outubro
Foto: Terra
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Equipes da Secretaria Municipal de Assistência Social (SMAS) realizaram nesta segunda-feira uma ação para acolhimento de pessoas em situação de rua no entorno das comunidades do Complexo de Manguinhos e do Jacarezinho, ocupado ontem pela Marinha e PM
Foto: Luciana Barcellos/SMAS
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Ação ocorreu um dia depois da ocupação das comunidades de Manguinhos e Jacarezinho por forças de segurança para a implantação de UPP
Foto: Luciana Barcellos/SMAS
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Movimento de moradores e policiais em Jacarezinho, zona norte do Rio de Janeiro (RJ), foi tranquilo nesta segunda-feira
Foto: Arion Marinho
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Pontos de crack no complexo terão iluminação reforçada
Foto: Arion Marinho
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Policiais buscam nesta segunda procurados e suspeitos, além de drogas, armas, motos e veículos roubados no complexo ocupado
Foto: Arion Marinho
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Policiais percorrem a comunidade de Manguinhos fazendo vistorias e distribuindo panfletos informativos
Foto: Tânia Rego
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Muros pichados, sujeira e falta de saneamento básico fazem parte do cotidiano no Complexo de Favelas de Manguinhos
Foto: Tânia Rego
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Forças de segurança estão no complexo para instalação de UPP
Foto: Tânia Rego
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Moradores recebem panfletos informativos dos policiais
Foto: Tânia Rego
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Moradores saem às ruas um dia depois da ocupação
Foto: Tânia Rêgo
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15 de outubro
Foto: Terra
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Três dias após a ocupação por forças de segurança no complexo de Manguinhos, mais 18 usuários de crack foram recolhidas pela assistência social do Rio
Foto: Divulgação
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Faixa com os dizeres "SOS Migrante Crack: Quem o Acolherá?", uma iniciativa da ONG Rio de Paz, é colocada em frente a comunidade do Jacarezinho
Foto: Katia Carvalho
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Forças de segurança estão nos complexos de Manguinhos e Jacarezinho para instalação de UPPs
Foto: Daniel Ramalho
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Policial carrega moto apreendida durante operação na comunidade
Foto: Daniel Ramalho
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Homem caminha no local onde se concentravam os usuários de crack, recolhidos pela prefeitura do Rio
Foto: Daniel Ramalho
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Moradores passaram a conviver com a presença das forças policiais na comunidade
Foto: Daniel Ramalho
Fonte: Terra