RJ: cinco crianças estariam feridas após invasão em quartel

4 jun 2011 - 09h36
(atualizado às 09h41)

Cinco crianças teriam ficado feridas durante a invasão do Batalhão de Operações Especiais (Bope) ao Quartel General do Corpo de Bombeiros, no Centro do Rio. As informações são de que as crianças feridas teriam sido levadas para o Hospital Municipal Souza Aguiar, mas os ferimentos são leves. De acordo com os manifestantes, ainda há intgrantes do protesto dentro do quartel.

O governador Sérgio Cabral está reunido no Palácio Guanabara com sua equipe de governo e fará um pronunciamento sobre a conduta de manifestantes e a ação do Estado ainda nesta manhã.

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Por volta das 8h da manhã deste sábado, os manifestantes que passaram a madrugada dentro do quartel do Comando-Geral dos Bombeiros começaram a deixar o local. As imagens aéreas mostravam dezenas de pessoas sentadas na quadra de esporte do quartel, aguardando a saída. Todos foram presos pela Polícia Militar conforme determinação da Secretaria estadual de Saúde e Defesa Civil, que informou em nota na noite de sexta-feira que os manifestantes seriam presos por "invadir órgão público, agredir um coronel e desrespeitar o regulamento de conduta dos militares".

O Batalhão de Choque da Polícia Militar invadiu, por volta das 6h deste sábado, o quartel do Comando-Geral dos Bombeiros, no Centro, ocupado desde a noite de sexta-feira por dezenas que manifestantes que reivindicavam aumento salarial, vale-transporte e melhores condições de trabalho. Para entrar no local, a PM usou bombas de efeito moral e de gás lacrimogêneo.

O quartel se encontrava cercado por carros e policiais dos batalhões de Choque e da Cavalaria da Polícia Militar desde o início da noite de sexta. Mais cedo, o porta-voz dos bombeiros havia dito que os manifestantes ficariam no local até que suas exigências fossem atendidas. A Secretaria estadual de Saúde e Defesa Civil informou em nota na noite de sexta-feira que os manifestantes serão presos por "invadir órgão público, agredir um coronel e desrespeitar o regulamento de conduta dos militares".

Manifestação e invasão

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Parte dos cerca de mil manifestantes que invadiram o quartel dos Bombeiros na sexta-feira fizeram um escudo humano com as mulheres que participaram do protesto para impedir a entrada da cavalaria da PM no local. Um carro que estava estacionado no pátio do quartel foi manobrado para bloquear a entrada.

Na noite de sexta-feira, o comandante do Batalhão de Choque, coronel Waldir Soares Filho, foi foi ferido na perna. "Agora a briga é com a PM", avisou o comandante-geral, Mário Sérgio Duarte, ao saber da agressão. Ele foi ao pátio da corporação com colete a prova de balas e bloqueou com carro a saída do QG. Por volta das 22h, alertou que todos seriam presos se não deixassem o quartel. Mário Sérgio prendeu o ex-corregedor da PM coronel Paulo Ricardo Paul, que apoiava o protesto. O secretário de Saúde e Defesa Civil do estado, Sérgio Côrtes, decidiu antecipar para hoje a volta dos EUA ao Rio.

Os bombeiros espalharam faixas, a maioria pedindo "socorro" para a categoria. Relações públicas da corporação, o coronel Evandro Bezerra afirmou que caberia à Secretaria de Estado de Saúde e Defesa Civil decidir o que seria feito. A manifestação teve início por volta das 14h, na escadaria da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Mais de 4 mil pessoas participaram do protesto, que seguiu pela área central de vias como a rua Primeiro de Março e a avenida Presidente Vargas. Os manifestantes soltaram fogos de artifício e foram acompanhados por policiais militares, mas o protesto seguiu de forma pacífica. De acordo com estimativas dos líderes da manifestação, mais de 5 mil pessoas participaram da passeata.

Os protestos de guarda-vidas começaram no mês passado, com greve que durou 17 dias e levou cinco militares à prisão. A paralisação acabou sendo revogada pela Justiça. Eles voltaram às ruas com apitaço e fogos de artifício. À tarde, pelo menos três mil protestaram na escadaria da Assembleia Legislativa (Alerj). Um dos líderes do movimento, cabo Benevenuto Daciolo, explicou que eles voltaram às ruas porque até agora não teriam recebido contraproposta do estado sobre a reivindicação de aumento do piso mínimo para R$ 2 mil. Segundo ele, os guarda-vidas recebem cerca de R$ 950.

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Fonte: O Dia
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