Um dos quatro alunos da Escola Municipal Tasso de Oliveira, em Realengo, zona oeste do Rio, recebeu alta nesta segunda-feira. Segundo a Secretaria de Saúde do Estado, a vítima, de 14 anos, estava internada no Hospital Alberto Torres, em São Gonçalo. Mais três alunos atingidos por Wellington Menezes de Oliveira seguem internados em observação.
Veja fotos ampliadas do ataque à escola em Realengo
Veja como foi o ataque aos alunos em Realengo
Onze dias depois do massacre que deixou 12 estudantes mortos, a escola retomou hoje as atividades. Os professores e funcionários receberam os alunos de volta com oficinas de pintura e poesia como readaptação dos adolescentes. Durante a semana, os docentes e as famílias também serão atendidos por equipes de psicólogos. De acordo com a secretária municipal da Educação, Claudia Costin, a readaptação dos estudantes deve levar três semanas.
No sábado, um grupo de cerca de 100 voluntários, funcionários e ex-alunos pintaram o muro e reformaram as instalações da escola. O muro, antes verde, foi pintado de branco e as salas de aula, reorganizadas. A intenção é que as lembranças do dia do atentado sejam amenizadas no retorno dos estudantes.
A volta às atividades também foi marcada pelo reforço na segurança do colégio. Em reunião com os pais na semana passada, a direção decidiu pedir que a Guarda Municipal tome conta da escola durante os três turnos, por tempo indeterminado.
Atentado
Um homem matou pelo menos 12 estudantes a tiros ao invadir a Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, zona oeste do Rio de Janeiro, na manhã do dia 7 de abril. Wellington Menezes de Oliveira, 24 anos, era ex-aluno da instituição de ensino e, segundo a polícia, se suicidou logo após o atentado. O atirador portava duas armas e utilizava dispositivos para recarregar os revólveres rapidamente. As vítimas tinham entre 12 e 14 anos. Outras 18 ficaram feridas.
Wellington entrou no local alegando ser palestrante. Ele se dirigiu até uma sala de aula e passou a atirar na cabeça de alunos. A ação só foi interrompida com a chegada de um sargento da Polícia Militar, que estava a duas quadras da escola quando foi acionado. Ele conseguiu acertar o atirador, que se matou em seguida. Em uma carta, Wellington não deu razões para o ataque - apenas pediu perdão de Deus e que nenhuma pessoa "impura" tocasse em seu corpo.