Justiça de SP desmembra julgamento de acusados de matar Mércia

Ex-namorado da vítima, Mizael Bispo de Souza será julgado no dia 11 de março, enquanto vigia irá a júri popular em 29 de julho deste ano

25 fev 2013 - 19h32
(atualizado às 19h37)

A Justiça de São Paulo determinou o desmembramento do julgamento dos dois acusados de envolvimento na morte da advogada Mércia Nakashima. Com a decisão, o ex-policial e ex-namorado da vítima Mizael Bispo de Souza será julgado no dia 11 de março, enquanto o vigilante Evandro Bezerra da Silva, suspeito de ser cúmplice de Mizael, irá a júri em 29 de julho.

<p>Mizael Bispo, ex-namorado da vítima, será julgado sozinho</p>
Mizael Bispo, ex-namorado da vítima, será julgado sozinho
Foto: Wendy Vatanabe / Futura Press

De acordo com o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), o desmembramento ocorreu a pedido da defesa de Evandro, que alega tese conflitante entre os réus. Segundo seus advogados, em depoimento recente o vigia admitiu que foi até a represa onde o corpo de Mércia foi encontrado em 2010, em Nazaré Paulista (SP), para buscar Mizael, mas negou saber as intenções criminosas do ex-policial. Como a argumentação da defesa de Evandro depõe contra Mizael, a Justiça acolheu o pedido e definiu pelo desmembramento.

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O caso Mércia

A advogada Mércia Nakashima, 28 anos, desapareceu no dia 23 de maio de 2010 e foi encontrada morta no dia 11 de junho, em uma represa em Nazaré Paulista, no interior de São Paulo. A perícia apontou que ela levou um tiro no rosto, mas morreu por afogamento quando seu carro foi empurrado para a água. O principal suspeito do crime é o ex-namorado de Mércia, o policial aposentado Mizael Bispo de Souza, que não aceitaria o fim do relacionamento. O vigia Evandro Bezerra Silva é suspeito de ter auxiliado Mizael no crime.

Logo após a morte de Mércia, Evandro teria fugido para Sergipe, onde foi preso em julho do mesmo ano. Em um primeiro momento, ele disse ter ajudado Mizael a fugir, mas voltou atrás depois, alegando ter sido torturado para confessar o crime. Rastreamento de chamadas telefônicas feito pela polícia com autorização da Justiça colocariam os dois na cena do crime, de acordo com as investigações. Além disso, a polícia encontrou nos sapatos do ex-policial pequenas manchas de sangue, fragmentos de osso e chumbo, além de uma alga presente na represa. Mizael chegou a ter a prisão decretada em agosto, mas o mandado foi revogado dias depois. No mesmo mês, Evandro foi solto. Ambos negam todas as acusações.

No dia 7 de dezembro de 2010, a Justiça de Guarulhos decretou a prisão preventiva de Mizael e de Evandro, e determinou que ambos fossem levados a júri popular pelo crime. O ex-namorado de Mérica foi denunciado por homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, emprego de meio cruel e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima) e ocultação de cadáver. O vigia foi denunciado por homicídio duplamente qualificado (emprego de meio insidioso ou cruel e mediante recurso que tornou impossível a defesa da vítima) e ocultação de cadáver. Os dois são considerados foragidos.

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Fonte: Terra
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