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Júri de Bola por morte de Eliza Samudio é formado por 4 homens e 3 mulheres

22 abr 2013 - 16h10
(atualizado às 16h24)
Juíza Marixa Fabiane negou o pedido de adiamento do julgamento feito pela defesa
Juíza Marixa Fabiane negou o pedido de adiamento do julgamento feito pela defesa
Foto: Renata Caldeira/TJ-MG / Divulgação

Quatro homens e três mulheres compõem o Conselho de Sentença do julgamento do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, acusado de matar, esquartejar e ocultar o corpo da modelo Eliza Samudio, ex-amante do goleiro Bruno. O sorteio que definiu o júri foi feito por volta das 15h desta segunda-feira, quando os trabalhos foram retomados pela juíza Marixa Fabiane. 

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O réu está no plenário para acompanhar o julgamento. A delegada Ana Maria dos Santos Paes da Costa será a primeira a ser ouvida. De acordo com o Tribunal de Justiça, ela não é considerada testemunha e seu depoimento constará como informante, por se tratar de uma autoridade policial. 

A delegada Ana Maria foi quem ouviu o depoimento do primo do goleiro Bruno, Jorge Luiz Rosa Lisboa, na época das investigações sobre o desaparecimento de Eliza.

Pela manhã, a juíza Marixa Fabiane negou o pedido de adiamento do julgamento apresentado pela defesa do réu. Segundo os advogados, um recurso especial ainda não foi julgado. O Ministério Público opinou que o julgamento do recurso especial não impedia o prosseguimento do júri, posição que foi seguida pela magistrada que preside os trabalhos.

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O caso Bruno

Eliza Samudio desapareceu no dia 4 de junho de 2010 após ter saído do Rio de Janeiro para ir a Minas Gerais a convite de Bruno. Vinte dias depois a polícia recebeu denúncias anônimas de que Eliza havia sido espancada por Bruno e dois amigos dele até a morte no sítio de propriedade do jogador, localizado em Esmeraldas, na Grande Belo Horizonte. O filho de Eliza, então com quatro meses, teria sido levado pela mulher de Bruno, Dayanne Rodrigues. O menino foi achado posteriormente na casa de uma adolescente no bairro Liberdade, em Ribeirão das Neves.

No dia seguinte, a mulher de Bruno foi presa. Após serem considerados foragidos, o goleiro e seu amigo Luiz Henrique Romão, o Macarrão, acusado de participar do crime, se entregaram à polícia. Pouco depois, Flávio Caetano de Araújo, Wemerson Marques de Souza, o Coxinha Elenilson Vitor da Silva e Sérgio Rosa Sales, outro primo de Bruno, também foram presos por envolvimento no crime. Enquanto a polícia fazia buscas ao corpo de Eliza, um motorista de ônibus denunciou o primo do goleiro como participante do crime. Apreendido, jovem de 17 anos relatou à polícia que a ex-amante de Bruno foi mantida em cativeiro e executada pelo ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, conhecido como Bola, que a estrangulou e esquartejou seu corpo. Ainda segundo o relato, o ex-policial jogou os restos mortais para seus cães. 

No dia 30 de julho, a Polícia de Minas Gerais indiciou todos pelo sequestro e morte de Eliza, sendo que Bruno foi apontado como mandante e executor do crime. No início de dezembro, Bruno e Macarrão foram condenados pelo sequestro e agressão a Eliza, em outubro de 2009, pela Justiça do Rio. O goleiro pegou quatro anos e seis meses de prisão. 

Em 17 de dezembro, a Justiça mineira decidiu que Bruno, Macarrão, Sérgio Rosa Sales e Bola seriam levados a júri popular por homicídio triplamente qualificado, sendo que o último responderá também por ocultação de cadáver. Dayanne, Fernanda, Elenilson e Wemerson responderiam por sequestro e cárcere privado. 

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No dia 19 de novembro de 2012, foi dado início ao julgamento de Bruno, Bola, Macarrão, Dayanne e Fernanda. Dois dias depois, após mudanças na defesa do goleiro, o tribunal decidiu desmembrar o processo.  O júri condenou Macarrão, a 15 anos de prisão, e Fernanda Gomes de Castro, a cinco anos. No dia 8 de março de 2013, Bruno foi condenado a 22 anos e três meses de prisão, dos quais 17 anos e seis meses terão de ser cumpridos em regime fechado. Dayanne Rodrigues do Carmo, ex-mulher do goleiro e acusada de ser cúmplice no crime, foi absolvida. O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, que é acusado como autor do homicídio, teve o júri marcado para abril de 2013.

Fonte: Especial para Terra
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