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Jornada terá equipe experiente no 'backstage' para orações

Grupo que cuida dos textos e da espiritualidade do evento terá capela na parte inferior dos palcos de Copacabana e Guaratiba

13 jul 2013 - 10h55
(atualizado em 14/7/2013 às 14h27)
A organização da JMJ tem na equipe que cuida dos textos a serem lidos, e temas dos Atos Centrais membros com larga experiência de outras edições
A organização da JMJ tem na equipe que cuida dos textos a serem lidos, e temas dos Atos Centrais membros com larga experiência de outras edições
Foto: Daniel Ramalho / Terra

Se o Rio de Janeiro vai fazer uma exemplar Jornada Mundial da Juventude (JMJ), as críticas vão dizer no futuro. No quesito liturgia, porém, a organização da jornada tem na equipe que cuida dos textos a serem lidos, e temas dos Atos Centrais, como é chamado o conjunto de ações da JMJ, além da espiritualidade do megaevento católico, membros com larga experiência de outras edições. Consequentemente, dentro de suas responsabilidades, eles contam com prontas referências a serem mescladas com padrões culturais brasileiros. 

“A maioria já foi em quatro jornadas, por aí. Nós já vivemos isso, e estamos trabalhando arduamente para que esses dois milhões (de pessoas) sintam o que a gente sentiu”, conta Fabiana Targino, coordenadora da liturgia e com viagens para Madri (2011), Sidney (2009), dentre outras, no currículo católico. 

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Fabiana é membro atuante da Paróquia Nossa Senhora da Paz, em Ipanema, que concentra outras lideranças da Jornada, como o parceiro na coordenação da liturgia, Pedro Grossi. “Queremos devolver aquilo que a gente recebeu. Fomos bem acolhidos”, relata. Entre padres e leituras de mensagens e textos aos católicos, o grupo conta com cerca de 250 voluntários. 

Contudo, todos têm, dentre as missões de organização geral, a tarefa espiritual de conversa e entrega a Deus. A liturgia nos eventos em que se chama a juventude para a igreja, como nos encontros de jovens com Cristo, serve sempre como local de refúgio, de orações, “sendo que a questão maior é o sentimento para que os jovens sejam tocados”, como explica Fabiana. 

Como rezar, entretanto, num evento para dois milhões de pessoas, com cantores se apresentando, e discursos como os o que o papa Francisco se dirigirá aos jovens católicos sendo proferidos? A solução encontrada pela organização foi criar uma “capela-backstage”, um espaço para orações e adoração ao Santíssimo na parte interior tanto do palco de Copacabana, na zona sul da capital fluminense - que receberá as missas de abertura e de acolhida ao Papa, além da Via Sacra -, quanto no de Guaratiba, no extremo oeste, onde ocorrerá a vigília e a missa de encerramento da Jornada Mundial da Juventude. 

Grupo criou uma 'capela-backstage', um espaço para orações e adoração ao Santíssimo na parte interior tanto do palco de Copacabana quanto no de Guaratiba
Foto: Daniel Ramalho / Terra

“O que a gente está pensando é garantir que sempre no início dos trabalhos a gente vai ter um momento de oração. Depois entra na correria. É uma forma mínima de garantir que as pessoas vão ter o seu momento de oração”, explica Grossi. 

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O backstage católico servirá àqueles que querem, dentro da organização, um oásis em meio à multidão católica. “Por isso também que nós temos vários padres em nossa equipe”, completa Fabiana. Ambos os palcos ainda estão em processo de montagem. 

Grupo ensaia para missão de cantar para o Papa
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Temas e o foco no português 

A liturgia da JMJ tem como responsabilidade a confecção dos textos das mensagens que a Igreja Católica passará aos seus devotos. Quando o papa Bento XVI renunciou ao pontificado, o material enviado ao Vaticano para aprovação ficou em suspenso. Após o conclave, e com o papa Francisco, nada foi alterado. E o foco é na língua portuguesa. 

“A questão da língua portuguesa foi um pedido pessoal do Santo Padre para que se mantivesse o idioma da terra nativa preponderante, junto com suas características, como os cantos”, detalha Fabiana Targino. 

“O Papa está aprendendo português para isso também”, diz sobre o pontífice, que incluiu em seus afazeres diários como líder algumas aulas da língua local da JMJ. Por mais que o evento tenha o foco no português, foram escalados também representantes católicos de outros 23 países, que lerão textos em 12 idiomas, passando por dialeto africano e até mandarim. 

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“É um convite para que nós tenhamos nossa fé massageando o nosso ego. Se uma pessoa descobriu o sentido da sua vida, não tem como não passar adiante. Não tem como não transmitir aos amigos. É um grande convite dentro do que o papa chama de nova evangelização”, reitera o padre Jorjão, da Nossa Senhora da Paz, e responsável pelos textos que guiarão espiritualmente dois milhões de peregrinos. 

Cronograma litúrgico da Jornada Mundial da Juventude 2013

23/07 – Missa de abertura

Tema

:  “Vinde sigamos o mestre”

O backstage católico servirá àqueles que querem, dentro da organização, um oásis em meio à multidão católica
Foto: Daniel Ramalho / Terra

É a chegada dos peregrinos, o momento em que dom Orani Tempesta, arcebispo do Rio de Janeiro, vai acolher em missa os peregrinos, não só num encontro pessoal com Deus, mas com a experiência de jovens discípulos de várias nações. Haverá ainda a entronização da Cruz Peregrina e do ícone de Nossa Senhora, elementos que viajaram pelo Brasil inteiro antes de retornar à capital fluminense no último final de semana. 

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25/07 – Missa de acolhida 

Tema:

“Mestre é bom estarmos aqui”.

Antes de a primeira missa a ser celebrada pelo papa Francisco, uma apresentação da cultura do Brasil, e uma mensagem do pontífice aos jovens. 

26/07 – Via Sacra

Tema:

“Tome sua cruz e siga-me”. 

Mensagem focada no olhar para dentro do jovem, com atenção especial para o não envolvimento com álcool e drogas. O arrependimento como forma de enxergar nossas fraquezas. Assim como Cristo se sacrificou no catolicismo. 

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Dia 27/07 – Vigília

Tema:

“Perseverantes em oração”

Em um dos momentos mais marcantes da JMJ, grupo de quatro jovens terá a missão de como encontraram, mesmo que de forma conturbada, a palavra e a atenção de Deus. 

Dia 28 – Missa de encerramento

Tema: “O Cristo que envia em missão”. 

O adeus do Papa é apenas o início da maior missão da JMJ: os jovens que viveram a experiência do evento ao longo da semana voltarão para os seus países preparados para serem agentes evangelizadores. É o momento também que o papa anuncia a próxima cidade sede da JMJ, em 2015. 

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Papa Francisco no Brasil

Com um público estimado em 1,5 milhão de pessoas, a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) 2013 ocorre entre os dias 23 e 28 de julho, no Rio de Janeiro. O evento, realizado a cada dois ou três anos, promove um encontro internacional de jovens católicos o Papa. A última edição da JMJ ocorreu em 2011, em Madri, na Espanha, e reuniu cerca de 2 milhões de pessoas, de mais de 190 países.

O evento marca também a primeira grande visita internacional do papa Francisco desde sua nomeação como líder máximo da Igreja Católica, em 13 de março desde ano. O Pontífice chega ao Rio de Janeiro na tarde do dia 22 de julho, com retorno a Roma previsto para o dia 28. Sua agenda no Brasil contempla a visita à comunidade de Varginha, no complexo de Manguinhos, na zona norte do Rio, e ao Hospital São Francisco de Assis. Além disso, terá um encontro com a sociedade no Theatro Municipal, no centro da cidade, e ao Santuário de Aparecida, em São Paulo. O ponto alto fica por conta de duas grandes celebrações na praia de Copacabana, na zona sul do Rio, nos dias 25 e 26.

Fonte: Terra
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