Eduardo Bolsonaro agradece apoio de Salvini no Twitter

Italiano criticou artigo que acusava Bolsonaro de negacionismo

4 ago 2020 - 13h46
(atualizado às 14h00)

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) agradeceu através do Twitter as palavras de apoio do ex-ministro italiano e líder do partido ultranacionalista Liga, Matteo Salvini, que defendeu seu pai, o presidente Jair Bolsonaro, na gestão da pandemia do novo coronavírus.

Eduardo Bolsonaro durante visita aos EUA, em agosto de 2019
Eduardo Bolsonaro durante visita aos EUA, em agosto de 2019
Foto: ANSA / Ansa

Salvini compartilhou um texto que falava sobre as críticas do ex-embaixador da Itália no Brasil Michele Valsensise em um artigo publicado pelo "Huffington Post". Nele, Valsensise afirmava o país "está pagando um preço altíssimo pela desconcertante linha negacionista de risco imposta pelo presidente Bolsonaro".

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"Mas parece normal para vocês que um ex (por sorte) embaixador insulte o presidente de um país amigo como o Brasil, Jair Bolsonaro, demonstrando ignorância e nenhum respeito por milhares de mortes? Que se envergonhe e peça desculpas", postou Salvini no Twitter.

Na manhã desta terça, Eduardo usou a mesma rede social para agradecer o político de extrema-direita e escreveu que "no início da pandemia a Suprema Corte do Brasil decidiu que quem determina lockdowns são governadores de estados e prefeitos, não o Presidente Bolsonaro". "E Jair Bolsonaro está investindo contra a pandemia mais do que a média dos países desenvolvidos", escreveu ainda.

O texto de Valsensise usava como base os números e as declarações dadas pelo presidente desde o início da pandemia, como a sua defesa do uso da hidroxicloroquina (que não tem efeitos comprovados cientificamente sobre os benefícios nos pacientes com Covid-19) e a "sua confiança na b nevolência de Deus" para se curar. Ele também lembrou da frase de que "todos vão morrer um dia mesmo" dada por Bolsonaro.

E, no campo da diplomacia, o ex-embaixador afirmou ainda que essa postura do mandatário acabou fazendo com que o Brasil perdesse "sua projeção internacional", conquistada durante os mandatos de Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva.

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"O tradicional empenho multilateral de Brasília e seu protagonismo em temas da agenda global deram lugar a uma isolamento complacente e contraproducente", ressalta ainda.

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