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Por segurança, obras de Viracopos são interrompidas em SP

9 mai 2014 - 19h31
(atualizado às 19h33)
Segundo MPT e Cerest, pressa diminuiu a segurança dos trabalhadores em Viracopos
Segundo MPT e Cerest, pressa diminuiu a segurança dos trabalhadores em Viracopos
Foto: Rose Mary de Souza / Especial para Terra

O Ministério Publico do Trabalho (MPT) de Campinas e o Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest) determinaram nessa sexta-feira a interdição das obras do novo terminal de passageiros do Aeroporto Internacional de Viracopos em Campinas. A interdição refere-se às atividades de altura e de movimentação de cargas suspensas nas áreas de construção do Píer A e Píer B.

A medida interrompe os trabalhos de ampliação de Viracopos a dois dias da vistoria técnica da Anac e cerca de um mês antes da chegada das delegações esportivas de futebol que vão se hospedar na cidade e participar da Copa do Mundo de Futebol.

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Segundo o coordenador do Cerest, Alexandre Polli Beltrami, a fiscalização foi composta de quatro procuradores do MPT e três membros do Cerest. Foi constatado grande número de atividades ocorrendo ao mesmo tempo em um único ambiente de forma desorganizada e em várias etapas misturadas. "É como colocar os dispositivos de acionamento de uma máquina dentro da área de risco", disse ele.

Beltrami disse que caminhões fazem manobras a poucos centímetros de distância de plataforma com trabalhadores suspensos, materiais pesados são movimentados próximos de grupo de operários sem medidas de precaução ou isolamento.  

Os fiscais também notaram a ausência de proteções contra quedas: falta de guarda-corpos e das chamadas linhas de vida, responsáveis por “ancorar” os cintos de segurança dos operários, instaladas nas extremidades das lajes.

"Percebemos que eles estão correndo contra o tempo e estão executando diversos processos simultaneamente de forma desorganizada", afirmou o procurador Mário Antonio Gomes. Desde o início das obras dois funcionários morreram em virtude de acidente de trabalho. Um homem de 26 anos foi soterrado e um rapaz de 19 anos sofreu uma queda. No canteiro de obras, são 6 mil trabalhadores.

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Para solicitar a liberação da continuidade das obras, o Consórcio Aeroporto Brasil Viracopos deve regularizar as medidas e depois formalizar o pedido junto ao Cerest. A concessionária ainda não se manifestou sobre a interdição.

Fonte: Especial para Terra
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