O ministro das Cidades, Jader Filho, e o governo de São Paulo anunciaram nesta quinta-feira, 15, um acordo para a continuidade da remoção das famílias da Favela do Moinho, na região central da capital paulista. O terreno é do governo federal, que suspendeu a cessão do território após denúncias de violência na desapropriação.
Pelo acordo, o governo federal vai investir R$ 180 mil por moradia dentro do programa Minha Casa, Minha Vida. O valor vai se somar à contrapartida de R$ 70 mil do poder estadual no programa Casa Paulista, totalizando R$ 250 mil por moradia.
As 900 famílias que vivem na região não terão custo com as novas moradias, de acordo com o governo federal.
A Favela do Moinho é a última localizada na região central da capital paulista. Recentemente, tem passado por dia de protestos e manifestações de moradores contra as demolições de casas. Segundo a assessoria do ministro, há uma equipe técnica na favela do Moinho na manhã de hoje para analisar a demanda dos moradores.
A área pertence à União, mas em abril, o governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) entrou com um pedido de cessão para transformar a área em um parque em um processo de revitalização do centro.
"Esse acordo tem duas frentes. As famílias vão sair de maneira digna, sem nenhum tipo de violência. O segundo ponto é que essas famílias terão uma casa. Isso está sendo possível a partir do diálogo entre o governo federal e o governo estadual", afirmou Jader Filho.
A proposta do ministro é apresentar um projeto semelhante ao que já existe no Rio Grande do Sul, o Compra Assistida.
O governo Tarcísio de Freitas planeja transformar a comunidade em um parque, além de criar "um polo de desenvolvimento urbano potencializado para a implantação da Estação Bom Retiro.