Uma área que seria destinada a atividades para a comunidade tem gerado transtornos à população de Cotia, na região metropolitana de São Paulo. De acordo com moradores do município, a prefeitura prometeu construir um centro de assistência social em um terreno do bairro Jardim Rebelato. Porém, com o adiamento das obras, o local se transformou em um “lixão”, atraindo usuários de drogas e ratos.
O leitor Leandro Laurito afirmou que o terreno, localizado na altura do número 251 da rua Monte Alegre, está abandonado há cerca de cinco anos. Segundo ele, a prefeitura tomou posse da área há dois anos, devido à falta de pagamento de impostos pelo proprietário. Leandro disse que, desde então, a administração municipal tem despejado carteiras escolares, carcaças de viaturas e ambulâncias e outros tipos de materiais no local.
Leandro relatou que, no final de 2014, uma placa instalada na entrada do local indicava que um centro de assistência social seria construído. As obras começariam em janeiro de 2015, com entrega prevista para setembro do mesmo ano. “Estamos em junho e nada foi feito”, lamentou.
O leitor contou ainda que, há poucos meses, a situação se agravou. Os usuários de drogas, que já circulavam pelo local, passaram a arremessar objetos em casas localizadas no entorno do terreno, assustando os moradores.
Procurada pelo Terra, a prefeitura de Cotia disse ter feito uma solicitação ao governo federal para transferir a obra do Centro de Referência Social para outro local “com maior demanda social e em uma área mais ampla”. A administração municipal alegou que aguarda a autorização da União para iniciar a construção do centro em um novo endereço, “que, provavelmente, será no bairro Jardim Japão”.
A prefeitura afirmou que pretende construir uma creche no terreno da rua Monte Alegre, em parceria com o governo federal. A Secretaria de Educação informou que já indicou o local ao Ministério da Educação e aguarda a confirmação para que o convênio entre o município e a União seja efetivado.
Quanto ao descarte de carteiras escolares e carcaças de veículos, a prefeitura disse que “determinou a limpeza e retirada dos bens inservíveis” do local, mas não respondeu se é a própria administração municipal que tem despejado tais materiais no terreno.
O leitor Leandro Laurito, de Cotia (SP), participou do vc repórter, canal de jornalismo participativo do Terra. Se você também quiser mandar fotos, textos ou vídeos, clique aqui ou envie pelo aplicativo WhatsApp, disponível para smartphones, para o número +55 11 97493.4521.
