URGENTE
Saiba como doar qualquer valor para o PIX oficial do Rio Grande do Sul

Casamento alvo de protestos no Rio custou pelo menos R$ 3 mi, diz jornal

16 jul 2013 - 08h00
(atualizado às 08h00)
<p>Seguranças observam manifestante vestida de noiva em frente à Igreja do Carmo, no Rio, durante casamento de Beatriz Barata</p>
Seguranças observam manifestante vestida de noiva em frente à Igreja do Carmo, no Rio, durante casamento de Beatriz Barata
Foto: Reynaldo Vasconcelos / Futura Press

Reportagem publicada nesta terça-feira pelo jornal Folha de S.Paulo estima que o casamento de Beatriz Barata, neta do empresário Jacob Barata, conhecido como o "Rei do Ônibus" do Rio de Janeiro", tenha custado em torno de R$ 3 milhões. A festa, realizada no último sábado no Copacabana Palace, foi alvo de protestos na capital fluminense, com manifestantes pedindo a instalação de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) para investigar o setor de transportes.

Segundo profissionais do ramo de cerimônias de luxo ouvidos pelo jornal, só o serviço de bufê do hotel custa cerca de R$ 250 por pessoa - incluindo coquetel, frios, jantar com entrada e saladas, sobremesas e bebidas não alcoólicas. A decoração da festa, segundo os especialistas, não custa menos de R$ 500 mil. Além disso, a noite teve ainda show do cantor Latino, cujo cachê gira em torno de R$ 80 mil. A estimativa da Folha é ainda maior que a do jornal O Globo, que, em sua edição de segunda-feira, havia informado que a festa teria custado cerca de R$ 2 milhões.

Publicidade

Protestos contra tarifas mobilizam população e desafiam governos de todo o País

Mobilizados contra o aumento das tarifas de transporte público nas grandes cidades brasileiras, grupos de ativistas organizaram protestos para pedir a redução dos preços e maior qualidade dos serviços públicos prestados à população. Estes atos ganharam corpo e expressão nacional, dilatando-se gradualmente em uma onda de protestos e levando dezenas de milhares de pessoas às ruas com uma agenda de reivindicações ampla e com um significado ainda não plenamente compreendido.

A mobilização começou em Porto Alegre, quando, entre março e abril, milhares de manifestantes agruparam-se em frente à Prefeitura para protestar contra o recente aumento do preço das passagens de ônibus; a mobilização surtiu efeito, e o aumento foi temporariamente revogado. Poucos meses depois, o mesmo movimento se gestou em São Paulo, onde sucessivas mobilizações atraíram milhares às ruas; o maior episódio ocorreu no dia 13 de junho, quando um imenso ato público acabou em violentos confrontos com a polícia.

A grandeza do protesto e a violência dos confrontos expandiu a pauta para todo o País. Foi assim que, no dia 17 de junho, o Brasil viveu o que foi visto como uma das maiores jornadas populares dos últimos 20 anos. Motivados contra os aumentos do preço dos transportes, mas também já inflamados por diversas outras bandeiras, tais como a realização da Copa do Mundo de 2014, a nação viveu uma noite de mobilização e confrontos em São PauloRio de JaneiroCuritibaSalvadorFortalezaPorto Alegre e Brasília.

A onda de protestos mobiliza o debate do País e levanta um amálgama de questionamentos sobre objetivos, rumos, pautas e significados de um movimento popular singular na história brasileira desde a restauração do regime democrático em 1985. A revogação dos aumentos das passagens já é um dos resultados obtidos em São Paulo e outras cidades, mas o movimento não deve parar por aí. “Essas vozes precisam ser ouvidas”, disse a presidente Dilma Rousseff, ela própria e seu governo alvos de críticas.

Fonte: Terra
Fique por dentro das principais notícias
Ativar notificações