Caminhoneiros pedem redução de R$0,50 no diesel

Segundo Ivan Luiz Schimidt, representante do Comando Nacional de Transporte, os caminhoneiros não recebem aumento no valor do frete há dez anos

25 fev 2015 - 17h06
(atualizado às 17h08)
<p>O protesto começou na quarta-feira passada e já afeta vários estados brasileiros</p>
O protesto começou na quarta-feira passada e já afeta vários estados brasileiros
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O representante do Comando Nacional do Transporte, Ivan Luiz Schimidt, defendeu na reunião que ocorre nesta quarta-feira (25) com integrantes do governo, a redução imediata do preço do óleo diesel em R$ 0,50 até que seja definido um valor de frete mínimo para os caminhoneiros. O valor defendido pelo grupo, que se diz responsável pelas manifestações nas estradas federais, é R$ 0,70 por eixo de caminhão a cada quilômetro rodado.

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“Não adianta o governo pedir para a gente esperar 120 dias, porque isso significa a gente trabalhando 120 dias de graça”, disse o representante dos caminhoneiros. “Não recebemos aumento no valor do frete há dez anos. Isso significa que já demos nossa colaboração, no sentido de colaborar para a queda da inflação”.

Schimidt informou que o movimento dos caminhoneiros começou nas redes sociais e ganhou corpo de forma espontânea. “Criamos uma página do Comando Nacional do Transporte no Facebook e depois uma rede pelo WhatsApp para defender nosso lado, já que os empresários não têm interesse em aumentar nosso frete”, informou o caminhoneiro, que mora em Mossoró, no Rio Grande do Norte.

O senador Blairo Maggi (PR-MT), que também participa da reunião, disse que o preço do frete praticado hoje já é maior do que o reivindicado pelo movimento dos caminhoneiros, sendo que os preços são diferenciados por região. “Já é suficiente para os caminhoneiros voltarem a ganhar dinheiro”, disse Segundo ele, historicamente o óleo diesel compõe 40% do custo total do frete, no pior momento chegou a 60%, mas já se realinhou e está novamente em 40%.

Maggi também ressaltou que os preços dos fretes sofreram um aumento de mais de 50% quando entrou em vigor a lei que determinou um período de descanso para os caminhoneiros. Para o senador, o estabelecimento de um preço mínimo do frete não é viável, porque o mercado se modifica muito durante o ano, principalmente no caso de grãos como a soja e o milho que são cotados a preços internacionais.

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"Se a Bolsa de Chicago cair e os preços dos fretes ficarem altos, o Brasil não vende para o exterior, e aí os compradores internacionais vão se abastecer nos Estados Unidos", justificou.

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Agência Brasil
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