Bolsonaro nega estremecimento com China e diz que insumos enfrentam atraso burocrático

21 jan 2021 - 19h42

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira que não há qualquer "estremecimento" nas relações do Brasil com a China e disse que o atraso para o envio de insumos chineses para a produção de vacinas contra a Covid-19 no Brasil é um problema burocrático, sem qualquer questão política.

Presidentes Xi Jinping e Jair Bolsonaro
14/11/2019
Pavel Golovkin/Pool via REUTERS
Presidentes Xi Jinping e Jair Bolsonaro 14/11/2019 Pavel Golovkin/Pool via REUTERS
Foto: Reuters

Em transmissão pelas redes sociais ao lado do chanceler Ernesto Araújo, Bolsonaro disse ainda que o Brasil tem um "excelente" relacionamento com a Índia, em meio a negociações diplomáticas do Brasil com os dois países asiáticos para fornecimento de insumos e vacinas contra Covid-19.

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Bolsonaro destacou o fato de o Brasil ter sido no ano passado o único país a ter sido convidado para a Cerimônia do Dia da República da Índia, a convite do primeiro-ministro indiano, Narendra Modi.

"O interesse que o Modi tem no Brasil e nós temos na Índia. Um excelente relacionamento e nada mudou, nada mudou", disse.

Nesta quinta, o governo indiano decidiu liberar as exportações comerciais de vacinas contra Covid-19 e as primeiras remessas serão enviadas ao Brasil e ao Marrocos na sexta-feira.

Na transmissão, o presidente afirmou que, em relação à China, é a "mesma coisa" e exaltou os números que, segundo ele, apresentam um aumento na balança comercial entre os dois países. "Não temos nenhum estremecimento", frisou.

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Bolsonaro e aliados fizeram insinuações e críticas sobre a vacina chinesa CoronaVac, que inicialmente fora preterida pelo governo para integrar o programa de imunização contra Covid-19, mas acabou sendo usada pelo país para iniciar a vacinação neste mês.

O presidente afirmou que Brasil e China precisam um do outro mutuamente, ao lembrar a questão da necessidade de segurança alimentar do país mais populoso do mundo, grande comprador de alimentos do Brasil.

"A China também precisa da gente, ou você acha que ela precisa da soja para jogar fora?", afirmou.

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