Battisti é solto pouco depois de ser preso em São Paulo

Pedido de liberdade provisória apresentado pela defesa foi aceito e italiano deixou a sede da Polícia Federal na noite de quinta-feira

13 mar 2015 - 06h11
(atualizado às 07h52)
<p>Cesare Battisti tinha sido preso em Embu das Artes, na Grande São Paulo</p>
Cesare Battisti tinha sido preso em Embu das Artes, na Grande São Paulo
Foto: Wikimedia

Poucas horas depois de ser preso, o ex-ativista de extrema esquerda Cesare Battisti foi solto no fim da noite de quinta-feira, depois que um pedido de liberdade provisória apresentado pela defesa foi aceito. O italiano de 60 anos foi condenado à prisão perpétua em seu país por quatro assassinatos cometidos na década de 1970 e, em 2011, recebeu um visto das autoridades brasileiras.

"Com o habeas corpus, o caso foi resolvido com a celeridade que precisava e a Justiça foi feita", declarou o advogado de Battisti, Igor Sant'Anna Tamasauskas, segundo o jornal Folha de S. Paulo. O ex-militante poderá ficar com a família enquanto aguarda uma decisão sobre uma eventual deportação.

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Battisti fora detido pela Polícia Federal em Embu das Artes, na região metropolitana de São Paulo. Em 26 de fevereiro, a juíza Adverci Rates Mendes de Abreu, havia ordenado, após pedido do Ministério Público, a deportação de Battisti à França ou ao México, países onde ele viveu antes de chegar ao Brasil, em 2004.

A juíza também havia cancelado o visto do italiano, considerando ilegal o ato do Conselho Nacional de Imigração, que concedeu a Battisti o visto de permanência definitiva no Brasil. A decisão, porém, não é definitiva, podendo ser recorrida.

Battisti foi condenado à prisão perpétua em 1979, acusado de participar de quatro assassinatos cometidos pela organização que integrava, a Proletários Armados pelo Comunismo. Ele sempre negou participação nos crimes.

Em 31 de dezembro de 2010, último dia de seu segundo mandato, Luiz Inácio Lula da Silva decidiu rejeitar a extradição e autorizou Battisti a permanecer em território brasileiro, o que causou um atrito nas relações entre Roma e Brasília. O italiano deixou a prisão em junho de 2011.

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