Capacitismo e psicofobia são discriminações e preconceitos contra pessoas com deficiência e problemas de saúde mental, respectivamente. No Brasil, 8,9% da população tem deficiência, de acordo com o IBGE, e 5 das 10 maiores causas de afastamento do trabalho são de transtornos relacionados à saúde mental.
Os termos capacitismo e psicofobia carregam uma carga significativa de impacto nas vidas das pessoas afetadas por essas práticas. Eles definem formas distintas de discriminação e preconceito contra pessoas com deficiência e problemas de saúde mentail.
"Precisamos entender mais sobre os dois conceitos", afirmou a criadora de conteúdo Priscila Siqueira, fundadora do Vale PcD, em uma postagem da ONG sobre o assunto.
Capacitismo
O capacitismo é a discriminação contra pessoas com deficiência. Envolve a crença de que as pessoas com deficiência são inferiores ou incapazes de participar plenamente da sociedade devido às suas limitações físicas, sensoriais ou intelectuais.
Ele pode se manifestar de diversas formas, como na exclusão social, estereótipos negativos e na subestimação das habilidades e contribuições das pessoas com deficiência.
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No Brasil, cerca de 18,9 milhões de pessoas, ou 8,9% do total da população, tem algum tipo de deficiência, segundo levantamento divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados são da Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) de 2022.
"É um sistema de opressão que hierarquiza as vidas humanas pelos tipos de corpos. As práticas capacitistas podem acontecer como ações ou como omissão", disse Anna Paula Feminella, secretária nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), ao site do governo.
Psicofobia
Por outro lado, a psicofobia é a discriminação ou preconceito direcionado às pessoas que têm ou são percebidas como tendo questões de saúde mental, como transtornos ou doenças. Este tipo de preconceito se baseia na crença de que essas pessoas são perigosas, imprevisíveis ou incapazes de viver uma vida dentro do padrão social.
O tratamento desigual no ambiente de trabalho e a negação de oportunidades com base na condição mental da pessoa se enquadram na psicofobia.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 720 milhões de pessoas sofrem com doenças que afetam a saúde mental em todo o mundo, aproximadamente 10% da população mundial. No Brasil, cinco das 10 maiores causas de afastamento do trabalho são por causa de transtornos dessa natureza, como depressão e ansiedade, segundo a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP).
Por causa das dificuldades e preconceitos enfrentados por pessoas com problemas de saúde mental, a ABP idealizou o Dia Nacional de Enfrentamento à Psicofobia, celebrado no dia 12 de abril. A data surgiu para conscientizar a população sobre a necessidade de cuidar da saúde mental.
