O que é capacitismo? Entenda o episódio das primeiras 24h do BBB24

Vinícius é um atleta de 29 anos que teve parte da perna esquerda amputada quando sofreu um acidente de carro há dez anos

9 jan 2024 - 16h41
(atualizado às 17h55)
Primeira prova do líder do BBB 24 termina com "piada" capacitista
Primeira prova do líder do BBB 24 termina com "piada" capacitista
Foto: Reprodução/TV Globo / Perfil Brasil

No primeiro dia do Big Brother Brasil 24, durante a prova do líder, uma situação desagradável de capacitismo ocorreu entre os participantes. Maycon perguntou a Vinícius se poderia dar um apelido à prótese do velocista e sugeriu o nome de "cotinho", termo que vem da palavra "coto", usada popularmente para se referir a uma parte restante de algum membro amputado.

O que é capacitismo? O que é capacitismo?

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Vinícius é um atleta de 29 anos, ele teve parte da perna esquerda amputada quando sofreu um acidente de carro há dez anos, em Maringá, no norte do Paraná.

A fala do brother repercutiu nas redes sociais e gerou revolta nos internautas.

Capacitismo e falta de Acessibilidade

Especialistas são unânimes em afirmar que atos de capacitismo estão de tornando indevidamente mais comuns do que deveriam. A consultora da Mais Diversidade Julia Drezza, em entrevista ao G1, falou sobre como cenas de capacitismo estão presentes no dia-a-dia: "Comunicar-se somente com o acompanhante de uma pessoa com deficiência, ou achar que a pessoa não é capaz de decidir por ela, achar que a pessoa não pode namorar, ter uma carreira". Ela comenta ainda que o constrangimento no rosto do participante Vinicius foi visível.

A falta de acessibilidade em espaços públicos é apenas a ponta do iceberg, reflete. O capacitismo se insinua em estereótipos que subestimam as habilidades e potenciais das pessoas. Julia alerta que, desde a insistência na narrativa de que são dependentes até a exclusão inconsciente de oportunidades, as vítimas enfrentam uma batalha constante contra preconceitos.

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Combater o capacitismo exige uma mudança cultural e estrutural. Educação inclusiva, representatividade positiva nos meios de comunicação e, principalmente, implementação de políticas que promovam a igualdade de oportunidades são passos cruciais. Ao quebrar essas barreiras invisíveis, podemos começar a construir uma sociedade mais justa e inclusiva, afirma a especialista.

Drezza ainda fala sobre o uso do termo "deficiente" e conclui com um questionamento: "o que não é eficiente? A pessoa ou o espaço que a acolhe?"

 * Sob supervisão de Lilian Coelho

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