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Dirigentes da federação espanhola serão demitidos após polêmica do beijo na Copa do Mundo Feminina

Entre seis e nove altos dirigentes da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF) serão convidados a deixar seus empregos ou demitidos

20 set 2023 - 16h53
(atualizado às 16h58)
Mulheres protestaram contra o então chefe da federação espanhola de futebol Luis Rubiales em Barcelona
Mulheres protestaram contra o então chefe da federação espanhola de futebol Luis Rubiales em Barcelona
Foto: REUTERS/Bruna Casas

Entre seis e nove altos dirigentes da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF) serão convidados a deixar seus empregos ou demitidos como parte de um acordo para acabar com a ameaça de boicote das jogadoras à seleção nacional, disse uma fonte da federação à Reuters.

A decisão foi tomada depois que as atletas disseram em um comunicado na semana passada que se recusam a jogar pela seleção nacional enquanto as pessoas que "incitassem, ocultassem ou aplaudissem atitudes que fossem contra a dignidade das mulheres" continuassem a fazer parte da federação.

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Não ficou imediatamente claro quando as mudanças de pessoal entrarão em vigor. A Reuters não conseguiu entrar em contato com os representantes das pessoas incluídas na lista para comentar o assunto.

Pablo Garcia, porta-voz da RFEF, não respondeu imediatamente a um pedido de comentário da Reuters.

O futebol espanhol está em crise desde que Luis Rubiales, então chefe da RFEF, beijou a meio-campista Jenni Hermoso na boca durante a comemoração pela conquista da Copa do Mundo Feminina, em 20 de agosto.

Suas ações indignaram atletas, autoridades do governo e muitas pessoas da sociedade espanhola em geral, e levantaram questões sobre o sexismo no esporte. Rubiales, que se demitiu em 10 de setembro, compareceu perante a um juiz na segunda-feira para enfrentar uma queixa de agressão sexual por causa do beijo.

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A lista de demissões da RFEF foi elaborada durante uma maratona de reuniões entre as jogadoras, o sindicato Futpro, membros do Conselho Nacional de Esportes da Espanha (CSD) e o diretor de futebol feminino da RFEF, Rafael Del Amo, que terminou na madrugada desta quarta-feira.

Alguns dos nomes foram propostos pelas próprias jogadoras, acrescentou a fonte.

Mais cedo na quarta-feira, o presidente da CSD, Victor Francos, disse que uma comissão conjunta será criada entre as instituições e as atletas, e terá a tarefa de acompanhar a implementação do acordo.

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