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Deathloop: vale a pena jogar?

GameON reuniu alguns pontos que mostram a personalidade excêntrica e complexa do novo título da Arkane Studios

22 set 2021 - 17h08
(atualizado às 17h17)
Vale a pena jogar o excêntrico Deathloop?
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Deathloop tem uma forma única de encorajar seus jogadores a dominarem a obra. Afinal, reviver o mesmo dia várias e várias vezes poderia ser exaustivo e entediante. E é aí que entra a "mágica" criada pela Arkane Studios, desenvolvedora que também criou a série Dishonored, e conseguiu "quebrar o ciclo" da indústria de games com Deathloop, um título totalmente excêntrico.

A história do jogo é intrigante, e você pode conferir mais sobre ela nosso review anterior. No entanto, nesta análise, o GameON reuniu alguns pontos que mostram a excentricidade e a personalidade de Deathloop para responder: vale ou não a pena jogar?

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Gênero "loop temporal" de novo? Sim!

No centro do jogo está Colt Vahn, um homem preso no tempo na Ilha de Blackreef, uma espécie de experimento bizarro criado pelos "Visionários". Ricaços, gênios e etc., que queriam criar um lugar onde tudo fosse possível, inclusive festejar até a morte e depois voltar à vida. E é neste estranho mundo que Colt está preso. Ele começa seu dia desmaiado em uma praia (depois de morrer), sem nenhuma lembrança de como chegou lá ou sobre mesmo quem ele é ou o que fez.

Deathloop foi desenvolvido pela Arkane Studios
Deathloop foi desenvolvido pela Arkane Studios
Foto: Divulgação

Há quem vá lembrar de alguns filmes ou séries que tratam do tema "loop temporal", como é o caso de "Boneca Russa", da Netflix, em que a protagonista morre e volta à vida várias e várias vezes no dia de seu aniversário. É um conceito "batido", pode-se dizer, mas que, assim como no seriado da gigante do streaming, não é tratado de forma leviana e previsível em Deathloop.

Isso porque o que distingue Colt dos demais habitantes, os Eternalistas, é sua capacidade de reter suas memórias entre os loops (chamados de ciclos). Quando Colt começa a investigar a ilha, letreiros vão aparecendo em sua visão orientando o caminho. Esses letreiros nada mais são do que as memórias adquiridas por ele durante sua prisão eterna no mesmo dia.

Por mais que morrer force o protagonista a voltar para um novo ciclo, naquela praia abandonada, não há a sensação de estar estagnado. Afinal, ele acumula conhecimento, e então é possível pensar em novas estratégias para viver o mesmo dia de uma forma diferente para "quebrar o ciclo".

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O que te mata também te faz mais forte

Em determinado momento, Colt descobre que um elemento chamado Residuum pode ser aproveitado para dar permanência ao seu arsenal e as habilidades sobrenaturais adquiridas entre os ciclos. Enquanto isso, Julianna, a Visionária que é a voz persistente - e chata - em seu ouvido a todo momento, se torna quase uma "aliada" (sem querer).

Julianna é uma agente do caos (claro!) e suas motivações só são reveladas no momento certo, mas ao apontar o erros de Colt, e conduzir toda a população de Blackreef a caçá-lo incessantemente através da estação de rádio, o jogador vai sendo "treinado" a compreender mais rapidamente a história e os mapas.

O objetivo é bem claro: entrar em uma área e descobrir a posição e momento exatos para matar de uma vez por todas cada um dos oito Visionários. E não é nada fácil. Muitas vezes morrer é a melhor opção, o que permite coletar a informação precisa para a execução dos inimigos, e só então conseguir os dispositivos que melhoram as habilidades e são necessários para a progressão.

Isso significa que você vai precisar jogar os loops de tempo repetidamente, elaborando planos e estratégias. E como é possível morrer até duas vezes em cada loop antes de reiniciá-lo, dá para tocar o terror nos Eternalistas e aprontar umas de "Rambo" em alguns momentos - sair atirando em geral quando não quiser ser furtivo.

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O resultado dessa abordagem é a compreensão da metodologia de cada área do jogo. E à medida que seu Colt cresce em força e recurso, também aumenta sua proficiência em cada mapa.

Ame odiar Julianna

Ter uma antagonista viva e simplesmente excepcional, e que ainda é uma verdadeira pedra no sapato, torna Deathloop ainda mais tenso e delicioso. O jogador é capaz de criar empatia e um relacionamento profundo com quem quer matá-lo.

Julianna pode aparecer do nada e a qualquer momento no caminho. Ela é capaz de bloquear as saídas e movimentar hordas de Eternalistas para um combate direto com Colt. A sensação de tensão que isso introduz na jogabilidade é estimulante, porque nunca se sabe quando uma Julianna vai aparecer e "tocar o terror". Vira um verdadeiro jogo de gato vs. rato.

A parte em que o jogador pode controlar Julianna e atazanar a vida de outro pobre Colt também é muito eficiente, e faz o contexto do jogo ser ainda mais divertido.

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A vilã tem a sua própria árvore de progressão com tarefas interessantes, como determinadas formas de matar seu oponente, sobreviver durante um certo tempo, usar uma arma particular, e assim por diante. Esse multiplayer funciona muito bem em Deathloop.

Importante lembrar que essa parte só é desbloqueada a partir do momento em que a história de Colt é concluída.

"Quebre o ciclo", por favor

Deathloop é excêntrico. Ele mistura mecânicas de roguelike, FPS, sobrevivência e revive aspectos de antigos títulos da Arkane. Além de construir pontes entre games e cinema, ao mesmo tempo em que cria harmonia entre todos estes elementos. É realmente um exemplar único e diferente na indústria de jogos, um marco que muitas desenvolvedoras vão usar como inspiração no futuro.

Seja na estética - com as referências que lembram filmes de Quentin Tarantino -, na forma de contar histórias ou no trato com os personagens, há muita excelência em Deathloop. É um produto admirável, e não há dúvidas: vale a pena quebrar o ciclo.

Deathloop está disponível para PC e PlayStation 5.

Fonte: Game On
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