Morre, aos 98 anos, o 'Vovô das Embaixadas' do Maracanã

Torcedor do America, Jankel Schor tinha uma forte ligação com o Vasco

31 jul 2025 - 20h02
Foto: Arquivo - Legenda: Jankel Schor era uma figura muito carismática no Maracanã / Jogada10

Personagem icônico das últimas décadas do Maracanã, Jankel Schor, o "Vovô das Embaixadinhas", morreu nesta quinta-feira (31), aos 98 anos. Ele estava internado, em um hospital na Tijuca, Zona Norte do Rio de Janeiro, há uma semana.

Russo naturalizado brasileiro e torcedor do America, Jankel sempre aparecia no círculo central do campo, antes ou no intervalo das partidas, dominando a bola com suas chuteiras negras e o corpo curvado.

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Maracanã presta homenagem

O perfil do Maracanã no Instagram prestou uma homenagem a Jankel e se despediu com uma mensagem emotiva.

"Há uma beleza muito particular no ato de fazer embaixadinhas. É como lutar para manter uma chama acesa. Alimentá-la com o ar de seu talento, a força de seu espírito e deixar que o calor dos sorrisos ao redor faça o resto. Poucos dominaram essa arte como Jankel Schor. Por uma década, o Vovô das Embaixadinhas percorreu os longos metros do Maracanã sem deixar a bola cair nos intervalos da partida. Os times desciam, ele subia e apresentava um show do intervalo que TV nenhuma jamais foi capaz de igualar", escreveu a conta do Maraca.

America e Vasco

Apesar de torcer pelo America, Jankel tinha uma ligação forte com o Vasco. Afinal, no final da década de 90, Edmundo, ídolo do Cruz-Maltino, o indicou para fazer as suas embaixadinhas em São Januário. Somente em 2000, ele passou a figurar no Maracanã, consolidando sua imagem como o "Vovô das Embaixadinhas", bem antes, aliás, de o místico estádio virar uma arena moderna para grandes competições internacionais.

"Sempre fui América, morei perto do estádio, mas fiz embaixadinhas no Vasco durante três anos. O Eurico Miranda era meu fã e me levou para o Japão (disputa do Mundial Interclubes entre Vasco e Real Madrid). Lá, recebi elogios dos japoneses e do Michel Platini. Foi uma emoção muito grande ser elogiado por ele, que foi presidente da Uefa e foi um grande jogador. Eu era muito elogiado, porque no mundo todo, até hoje ninguém fez tantos anos de embaixadinha", disse o artista, em 2021.

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