Emiliano Díaz quer outra mentalidade no Vasco para 2024 e evita comentar sobre a saída de Mattos

Emiliano deu explicações sobre as expectativas do clube para o restante de temporada

25 mar 2024 - 21h45
(atualizado às 21h45)
Emiliano Díaz em coletiva pós jogo
Emiliano Díaz em coletiva pós jogo
Foto: Leandro Amorim / Vasco / Esporte News Mundo

Emiliano Díaz, auxiliar técnico do Vasco, conversou com os jornalistas durante treino realizado nesta segunda-feira, no CT Moacyr Barbosa. Uma semana após a eliminação do clube para o Nova Iguaçu no Campeonato Carioca e depois da confirmação da saída de Alexandre Mattos da diretoria, o comandante assumiu que houve falhas no duelos da semifinal mas garantiu que o torcedor não irá sofrer como na temporada 2023, ano em que o clube lutou contra o rebaixamento no Brasileirão.

- Estão sempre com as mesmas perguntas comparando o que aconteceu o ano passado com esse ano. É outro Vasco, é outro Vasco. - Iniciou.

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- Não podemos sempre falar sobre o que aconteceu no ano passado, acabou essa parte. Temos outro time, outra estrutura, o Vasco está crescendo. Não é porque aconteceu no ano passado que vai acontecer nesse ano também, não é assim. Estamos cansados disso. Quando jogamos na Copa do Brasil, também ouvimos que ia acontecer o que aconteceu no ano passado. Não, não aconteceu. Então temos que deixar isso um pouco. - Complementou Díaz.

O Vasco só volta a jogar no torneio nacional, e o período sem jogos pode ajudar o clube a se preparar até abril.

- Temos que melhorar um monte de coisa, estamos melhorando aos poucos. Acho que (o tempo sem jogos) é produtivo para a parte física e afinar um par de coisas que queremos. Esperamos arrancar bem no Brasileirão, estamos muito confiantes. Mas o que vai acontecer não nos atormenta, porque vamos errar outra vez, é normal errar. Não justifica o que aconteceu outro dia. Nós, como comissão técnica, achamos que foi uma das piores coisas que fizemos, estamos muito doídos com isso. E temos que botar a cara quando erramos. É assim. - Concluiu Emiliano.

Em um tom mais direto à torcida, o auxiliar pediu apoio para a sequência da temporada.

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- A gente nunca prometeu título. Prometemos que íamos brigar até o fim. O que aconteceu outro dia não é normal, mas vamos brigar até onde tivermos possibilidade. Tem que saber que tanto a comissão técnica, o Lúcio e sobretudo os jogadores vamos dar a vida pelo Vasco. Como aconteceu no ano passado, onde fizemos história. De nove pontos para cá era muito difícil, e eles que fizeram isso. Vamos dar a vida até o último momento. Foi o que nos fez ficar no Vasco, então que a torcida acredite até o fim. Essa é a mensagem. - Definiu.

Perguntado sobre a demissão de Mattos e sua relação com a comissão técnica, Emiliano preferiu mudar de assunto e evitar maiores polêmicas. 

- O que aconteceu com Alexandre… Tudo que tinha que falar eu falei internamente, não vou falar nada sobre o que aconteceu. Mas internamente vamos continuar trabalhando, temos que seguir adiante. O Vasco está acima de todos, está acima do Ramón, do diretor… Temos que trabalhar para colocar o Vasco onde merece estar. - Explicou o argentino.

Veja outros trechos da coletiva de Emiliano:

- Aqui todo mundo sabe da qualidade do Dimi (Payet), é diferenciado. No ano passado foi difícil para ele, veio de um período grande sem jogar e precisava se adaptar ao futebol brasileiro. Hoje temos um dos melhores camisas 10 do país e estamos muito contentes com isso. Ele tem que seguir melhorando, a briga interna é grande. Mas estamos muito contentes com ele. - Continuou a coletiva.

Conversando sobre o posicionamento tático de Payet, falou as seguintes palavras:

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Tem que ver nas estatísticas quantas vezes o Dimi toca na bola por dentro e quantas toca por fora. Na recuperação ele tem que ocupar um certo espaço taticamente, mas tem liberdade total para jogar onde quiser da metade do campo para frente. As estatísticas dizem que ele foi um dos maiores assistentes e sempre pelo lado direito, lado esquerdo, por todos os lados. Nunca fixamos o Dimi em um só espaço. Quando tem a bola, ele tem liberdade absoluta para jogar onde quiser. - Disse.

O assunto "reforços" nunca sai de cena e Emiliano foi perguntado outra vez sobre isso.

- A janela fechou, mas temos uma possibilidade grande. Já estamos trabalhando com o Lúcio, com a equipe do scout, temos opções das quais precisamos e estamos confiantes de que vão chegar. Depois, todos sabem como é o futebol brasileiro, como vamos ter dificuldade. É a liga com mais partidas no mundo, então vai acontecer de ter dificuldade. Estamos preparando todo mundo porque, como aconteceu no ano passado, todos vão ter oportunidade. Estamos confiantes de que os reforços vão chegar. É outro Vasco, posso assegurar que é outro Vasco. Quando a gente chegou tinha dificuldade, e hoje, apesar de precisarmos de uma ou outra peças, estamos confiantes de que vai ser um grande ano. Ramón falou hoje, e eu falei também outra vez: os únicos responsáveis pela derrota (contra o Nova Iguaçu) somos Ramón e eu, os únicos. Não é que o time está mal, não. Nós que erramos. O que acontece é que, quando os grandes erram, tem outra magnitude. Ramón e eu erramos, mas temos que botar a cara e seguir trabalhando. - Analisou.

O CEO do Vasco Lúcio Barbosa estará a frente de negociações na janela de transferências.

- Com o Lúcio já temos uma grande relação, é um cara que ama muito o Vasco. Temos uma relação direta tanto com ele quanto com o scout. Queremos o melhor para o Vasco, temos linha direta com o Lúcio e estamos muito confiantes, como disse antes. - Explicou.

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A torcida ficou frustrada e protestou com a eliminação no estadual, algo que Emiliano entende.

- Normal a torcida ficar mal, não poderia acontecer o que aconteceu, foi culpa nossa. Mas o grupo está muito fechado. Depois do que vivemos no ano passado, ali passamos dificuldade de verdade. Ganhava, ganhava e não saíamos nunca. Parecia que não podíamos perder, não podíamos empatar. Estamos acostumados com essa dificuldade. Em uma semana ser Guardiola e na outra… E o mesmo acontece com o time, o time está preparado com isso. A união que vemos aqui dentro é uma das coisas mais bonitas que já vivemos nessa profissão. Vivemos tantas dificuldades que não fomos só nos, mas nossas famílias. O grupo está muito unido. Que erremos, que a torcida fique chateada com a gente, mas nós vamos seguir trabalhando e estamos muito unidos. Se temos problemas, resolvemos aqui. Em qualquer família tem isso, somos 30. Com o estafe, somos uns 60, então é normal. Mas tudo se resolve aqui, o Vasco é família. Se sofremos, sofremos juntos. Se disfrutamos, disfrutamos juntos. É assim. - Revelou.

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