Ronaldo Fenômeno, inspirado pelo sucesso do tenista João Fonseca, planeja construir 100 quadras de tênis e 100 de padel no Brasil até 2026, unindo investimentos privados, parcerias sociais e recursos públicos.
MIAMI - Desde que vendeu sua participação no Cruzeiro e no Valladolid, Ronaldo Fenômeno decidiu investir tempo e dinheiro em outro esporte. O tênis, que começou a praticar para emagrecer por sugestão do professor de educação física Marcio Atalla, virou prioridade para o ex-atacante.
Ronaldo organiza anualmente um torneio de tênis em sua mansão no Morumbi e acompanha in loco os principais nomes do esporte atualmente, incluindo João Fonseca, que, para o Fenômeno, deixou de ser promessa.
“Ele já é uma realidade”, afirmou o ex-jogador em conversa com jornalistas em Miami, onde Fonseca perdeu amistoso de bom nível para Carlos Alcaraz por 2 sets a 1.
Embaixadores do mesmo banco, o Itaú, Ronaldo e o espanhol número 1 do mundo bateram bola antes do amistoso na quadra montada no LoanDepot Park, estádio do Miami Marlins, franquia de beisebol dos EUA.
O brasileiro trocou algumas palavras com o tenista espanhol e o presentou com uma camisa da seleção brasileira autografada. “Ele joga legal, foi bom, disse o líder do ranking da ATP.
Para o Fenômeno, o sucesso precoce de Fonseca, que ganhou 121 posições no ranking da ATP em seu primeiro ano completo como profissional e ergueu dois troféus em 2025, pode alavancar o tênis no Brasil e despertar interesse.
"O tênis está aproveitando muito essa ascensão dele. Todo mundo está surfando essa onda. Está crescendo o tênis no Brasil. Tendo uma figura como o João, só vai crescer mais." -- Ronaldo sobre João Fonseca
O próprio Ronaldo se vale da jornada bem-sucedida de Fonseca, campeão do ATP 250 de Buenos Aires e o ATP 500 da Basileia neste ano. O Fenômeno disse que vai tirar do papel nos próximos meses o plano de investir em um projeto de tênis e padel.
Sua ideia é investir na construção de 100 quadras de tênis e outras 100 de padel, esporte bastante praticado na Europa, até o fim de 2026. Serão clubes privados, mas a iniciativa terá parceria com projetos sociais e usará recursos públicos, da Lei de Incentivo ao Esporte.
“Serão alguns clubes premium e mais acessíveis, e uma outra série de clubes para a área social. Vamos identificar os lugares ociosos em várias comunidades de São Paulo e do Rio”.
A captação dos recursos deve começar em janeiro, projeta o ex-jogador, hoje um tenista amador. “Vamos usar a Lei de Incentivo ao esporte para revitalizar alguns lugares. É um projeto grande”, diz ele, sem revelar o valor da empreitada. “É um investimento alto”, limitou-se a dizer.