Os resultados do São Paulo desde que o técnico Luis Zubeldía assumiu a equipe fizeram com que rapidamente o treinador argentino ganhasse o elenco do Tricolor. Thiago Carpini, antecessor no cargo, tinha o respaldo do grupo, mas não resistiu à pressão após maus resultados e foi demitido há cerca de um mês.
No dia a dia, o perfil de ambos os comandantes é parecido. Os dois cobram bastante intensidade, mas na medida certa, longe do estilo "xerifão".
Por outro lado, enquanto Carpini é mais "parceiro" dos atletas, Zubeldía adota uma postura mais professoral no São Paulo, sempre indicando formas para que os profissionais possam evoluir, buscando fazê-los entender onde estão errando e como podem melhorar.
E foi assim que o argentino tem conseguido extrair mais dos atletas do São Paulo, fazendo com que a equipe não tenha perdido desde a sua chegada. São cinco vitórias e um empate, em seis jogos.
Outro motivo que fez com que Luis Zubeldía ganhasse o elenco do Tricolor neste início de trabalho é a meritocracia. O treinador tem dado chances para atletas que vinham tendo poucas oportunidades ou atuando na posição certa. São casos como os de Patryck, Michel Araújo e Juan.
O primeiro tem conquistado mais minutos em campo, tendo sido titular e jogado os 90 minutos nos dois últimos compromissos do São Paulo, contra Fluminense e Cobresal, do Chile.
Já Araújo vinha atuando como lateral-esquerdo com Carpini, mas desde a chegada de Zubeldía voltou a ter chances na sua posição, o meio-campo. Seja começando ou entrando no decorrer da partida, ele só esteve fora de um compromisso com o novo treinador.
Juan, por sua vez, foi titular duas vezes com o argentino e em ambas as oportunidades participou de gols: marcou duas vezes contra o Águia de Marabá, pela Copa do Brasil, e deu uma assistência contra o Fluminense, no Brasileirão.
Esse posicionamento, de dar espaço para atletas que têm treinado diariamente, tem surtido muito efeito internamente, principalmente em comparação com a postura mediante a James Rodríguez, que não tem sido utilizado pelo treinador, preterido por atletas menos badalados, mas que estão apresentando mais em termos de trabalho no cotidiano.