O atacante Marcos Guilherme teve uma função diferente da habitual nos últimos dois jogos do Santos. Acostumado a atuar pelos lados do campo, o camisa 23 atuou centralizado como "falso 9". Na nova posição, ele teve atuação interessante no empate com o Fortaleza, no domingo, e ajudou Gabriel Pirani.
Com Kaio Jorge negociado com a Juventus, Fernando Diniz precisou encontrar um novo nome para ser a referência do Peixe no ataque. Em um primeiro momento, o técnico optou pelo Marcos Leonardo como centroavante. Já nos últimos dois compromissos, Marcos Guilherme foi o escolhido, mas com um papel bem diferente dos antecessores.
No empate por 1 a 1 com o Fortaleza, no Castelão, Marcos Guilherme não ficou como referência no campo de ataque. Nos momentos de saída de bola, o jogador recuava. Dessa forma, ficava livre de marcação, já que os zagueiros adversários seguiam protegendo a área, participava das criações das jogadas e dava opção de passe entre as linhas, além de ajudar o Santos a ficar em superioridade numérica no meio-campo.
Foi assim que o camisa 23 iniciou o lance da primeira boa chance santista no domingo. Aos 14 minutos, ele apareceu atrás de seis companheiros de equipe, recebeu livre no campo de ataque e teve espaço para acionar Gabriel Pirani, que deixou Jean Mota em boa condição de finalizar.
Pirani acabou potencializado com a mudança de posicionamento do atacante. Desde a chegada de Fernando Diniz, o garoto do Peixe passou a atuar nas costas dos volantes, flutuando pelo ataque. Com Marcos Guilherme também sendo uma falsa referência, o jovem de 19 anos teve com quem dividir a responsabilidade de segurar a bola na frente e receber entre as linhas.
Com a movimentação dos dois, o Santos teve um bom primeiro tempo diante do Fortaleza, estabelecendo-se no ataque em muitos momentos e não tendo dificuldade com a pressão adversária. Na segunda etapa, no entanto, Pirani foi substituído e o Peixe não conseguiu reter a bola em setores mais avançados do campo.