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Candidato detona urnas e eleições de Santos e Palmeiras

13 dez 2014 - 13h20
(atualizado às 15h50)
Santos decide seu novo presidente
Santos decide seu novo presidente
Foto: Fernando de Santis / Futura Press

Candidato à presidência do Santos, Orlando Rollo, não poupou críticas direcionadas a empresa responsável pelas urnas eletrônicas após nova falha técnica que interrompeu o processo e forçou a utilização de cédulas de papel. Pouco após votar no ginásio Athié Jorge Cury, na Vila Belmiro, Rollo disse que era impossível confiar no processo, chamando as urnas de "caseiras", e colocou em dúvida, até mesmo, a eleição realizada no Palmeiras pela mesma empresa, no último dia 28, ironizando a vitória de Paulo Nobre.

"Lamentável o Paulo Schiff (presidente do Conselho Deliberativo e da assembleia eleitoral), que coloca em dúvida o processo eleitoral através das atitudes intransigentes dele. Essas urnas caseiras não comportam uma eleição dessa magnitude. Essas urnas são de computadores caseiros e podem ser manipuladas", disse Rollo.

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"Funcionaram normalmente? (as urnas eletrônicas na eleição do Palmeiras). O Paulo Nobre quase rebaixou o Palmeiras e foi reeleito com facilidade, ganhou muito fácil. Será que ganhou bem? Não sei, não. É a dúvida que temos", completou.

Ainda no último sábado, após as acusações de tentativa de fraude eleitoral que adiaram o pleito, Schif convocou uma entrevista em caráter urgente para explicar os desdobramentos do adiamento da eleição.

O encontro foi feito todo ao lado do sócio responsável pela empresa das urnas eletrônicas, Otaviano Galvão Neto, que assegurou que os problemas na votação foram detectados por uma falha em um equipamento, o suíte 1, e que ainda no mesmo dia conseguiria reestabelecer a votação, mas que o contexto de pressão levou a opção pelas cédulas de papel que, posteriormente, ocasionaram o adiamento devido a suspeita de fraude de um dos mesários.

Otaviano ainda afirmou ter feito mais de 27 eleições só no rival Palmeiras, além de ter implementado no País a utilização do processo em eleições presidenciais.

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"Eu cheguei às 8h, mas só conseguimos começar por volta de 20 minutos para as 10h. Houveram problemas entre as chapas, nem sei o que houve. Nós marcamos às 9h para começar o processo, mas infelizmente por discussões internas demorou. Lacramos as máquinas uma por uma. A urna principal subiu o relatório de abertura, ligamos os coletores, os habilitadores de eleitor e fomos ligar coletor por coletor, que são dez. E aí começamos a ter problemas de comunicação. Já eram 10h e pouco. Pedi 20 minutos, passados isso me cobraram, pedi mais 20. Era um problema igual o da semana passada. Aí reconectei os cabos, os suítes de conexão e desde 10h55 o sistema está no ar e funciona. Poderiam votar", explicou Otaviano.

Rollo foi um dos dois candidatos que discordaram da decisão de urnas eletrônicas e resolveu recorrer judicialmente. O recurso foi negado na quinta-feira. No despacho, o juiz definiu que "não há fundamento para concessão de tutela antecipada" e afirmou que "o Conselho Deliberativo tem autonomia e soberania para conduzir o processo eleitoral" descrevendo que "a pretensão está embasada em suposições".

O Santos, por sua vez, diz que pedirá maiores explicações a empresa contratada para a instalação das urnas eletrônicas, a quem já adiantou um valor pelo uso do sistema.

"Falei (com o Otaviano) que gostaria de conversar com ele, como fizemos na semana passada e saímos às 20h, vamos cobrar o que aconteceu. Pelo que entendi as urnas não funcionaram e a empresa contratada tem que dar uma explicação. O importante é que o Conselho tinha se preparado para as cédula e isso transcorre normalmente", declarou o presidente do clube, Odílio Rodrigues.

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"Não consigo entender porque não funcionou. Tenho informações que em São Paulo tudo transcorre normalmente. O Santos só lamenta", completou.

O anúncio da mudança do sistema de votação ocorreu após apenas 40 minutos de sessão. As urnas apresentaram problemas novamente e sequer chegaram a funcionar. Durante a semana, o Santos bateu o pé com relação a utilização das urnas alegando o cumprimento do artigo 37 do estatuto social.

O clube anunciou que mudaria o local da votação dentro da Vila Belmiro. O pleito, que tradicionalmente sempre ocorreu no Salão de Mármore, foi transferido para o ginásio de futsal. Além disso, para evitar transtornos, o clube anunciou como medida a instalação de todos os cabos das urnas de forma aérea, para evitar contato direto dos associados e envolvidos.

Os candidatos são: Nabil Khaznadar (Avança, Santos), José Carlos Peres (Santos Vivo), Fernando Silva (Mar Branco), Orlando Rollo (Pense Novo) e Modesto Roma (Santos Gigante).

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Fonte: K.R.C.DE MELO & CIA. LTDA – ME K.R.C.DE MELO & CIA. LTDA – ME
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