Na sexta-feira, Barcos foi negociado com o Grêmio e nenhum atacante chegou, fazendo com que Gilson Kleina estreie na Libertadores, nesta quinta-feira, contra o Sporting Cristal, apostando em um esquema com quatro jogadores alternando-se entre o meio-campo e o ataque. Mas um centroavante de peso chegará. É o que garante o técnico.
"Por enquanto, não suprimos a saída do Barcos, mas vamos suprir. Corremos contra o tempo, não tem mais como inscrever na primeira fase da Libertadores, mas vai chegar um grande nome, tenham certeza", discursou o treinador, que diante dos peruanos precisa apostar na mobilidade de Souza, Wesley, Patrick Vieira e Vinicius também por não contar com Maikon Leite, machucado.
No acordo que levou Barcos a Porto Alegre, o Grêmio colocou Marcelo Moreno à disposição para defender o Verdão por empréstimo até dezembro, mas o jogador não quer jogar no clube. E a opção pode ser Borges. "O Borges me agrada muito, é um grande jogador. Mas não me passaram nenhum nome", desconversou Kleina.
A operação que pode levar Borges ao Palmeiras é complexa. Segundo a rádio Gaúcha, o Grêmio negociará Marcelo Moreno com o Cruzeiro e o clube mineiro, em troca, cederia não só o atacante, mas também o zagueiro uruguaio Victorino ao Verdão.
A chegada da dupla seria uma maneira de os gaúchos retribuírem o esforço do diretor executivo José Carlos Brunoro para que Barcos atuasse pelo Tricolor na fase de grupos da Libertadores, além de compensar a recusa de Marcelo Moreno em jogar pelo Palmeiras.Por Barcos, o Grêmio se comprometeu a quitar a dívida de R$ 1,5 milhão com a LDU, os R$ 1,5 milhão que o atacante ainda tinha a receber, pagou cerca de R$ 5 milhões e ainda cedeu, por empréstimo, Vilson, que já será titular do Verdão nesta quinta-feira, Leandro e Léo Gago, que acertam os últimos detalhes para serem anunciados, e Rondinelly, ainda em negociação, além de Marcelo Moreno.
Qualquer um que chegar a partir de agora não poderá jogar pelo Palmeiras na etapa de grupos da Libertadores, mas até Kleina foi obrigado a concordar com a saída de Barcos. O centroavante completaria três meses com atraso no pagamento de salários e poderia apelar à Justiça para sair de graça.
"Se olharmos pelo lado da emoção, perdemos um grande jogador, um líder, o capitão. Quem não lamenta pela saída de um jogador do quilate do Barcos? Mas olhando pela razão entendemos como funcionou. A análise é que preservaram a entidade. Foi tudo muito transparente", falou o técnico.
