Craque para Oswaldo, Rafael Marques rejeita rótulo e só promete esforço

27 mar 2015 - 22h30
(atualizado em 28/3/2015 às 15h15)

Oswaldo de Oliveira não esconde sua admiração por Rafael Marques. Indicou o atacante ao Botafogo e manteve sua confiança independentemente do jejum de nove meses sem gols, e voltou a pedi-lo no Palmeiras, onde o jogador não deixou saudades com falhas grotescas quando saía do banco em 2004. Após o atleta balançar as redes duas vezes na vitória por 3 a 0 sobre o São Paulo, o técnico fez questão de enaltecer o comandado.

"O Rafael não é um produto da minha fábrica. Muitas vezes, as pessoas querem rotular a relação com o jogador. Mas o Rafael é um craque e acabou", definiu o treinador, ressaltando o difícil voleio que fechou o placar no clássico. "Ele faz golaços, como fez pelo Botafogo há pouco tempo. Nunca senti que a torcida tenha algo contra ele", prosseguiu.

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A admiração de Oswaldo, contudo, é contida pelo próprio alvo. "Nada melhor que um treinador que te conhece e sabe quanto pode exigir. Vejo o Oswaldo até mais como professor, porque é bem educado, sabe se comunicar com os jogadores. Não há razão para não correr por ele e pelo Palmeiras. Mas todos sabem que não sou um craque. Corro o jogo todo, tento marcar, atacar e defender, sempre procurando me doar ao máximo, como titular, reserva ou nem ficando no banco. Essa é a minha característica."Rafael Marques, porém, fez questão de cumprimentar Oswaldo de Oliveira depois de seu belo gol na quarta-feira. "Em 2013, tive quatro tentativas de gol daquele jeito. Em uma, contra o Flamengo, dei virei para o Seedorf, ele devolveu e acertei a trave. Contra o São Paulo, até falei para o Oswaldo como fiquei feliz com o gol que saiu. Mas, sem dúvida, o gol do Robinho foi mais bonito", falou, lembrando o chute por cobertura do meio-campo do colega sobre Rogério Ceni.

O discurso é de um jogador nada empolgado. Apesar dos elogios do chefe, Rafael Marques virou titular somente porque o criticado Allione teve lesão muscular, e o atacante, que também chegou a ser desfalque recentemente por lesão no tornozelo direito, não se ilude pesando que o desempenho no Choque-Rei lhe garante vaga no time.

"Não existe titularidade na equipe. Vinha jogando o Allione e ele, infelizmente, se machucou. Fiquei dois jogos fora e pude ajudar a equipe contra o São Bernardo, sem fazer gol, mas ajudando na marcação e no esquema tático. Agora, estou contente pela vitória e os gols sobre o São Paulo, mas com pés no chão porque o ano é muito longo", indicou.

A primeira oportunidade no Verdão, há 11 anos, já não é um peso. Segundo Rafael Marques, na verdade, jamais foi. "Nunca passou pela minha cabeça fazer as pazes com a torcida ou provar algo. Queria deixar meu nome marcado neste ano, como não aconteceu naquela outra passagem. Mas sempre penso na equipe", apontou.

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