Após "matar" turma do amendoim, Felipão quer escalar vaiados

19 mar 2011 - 10h15
(atualizado às 12h02)

Em 2000, Luiz Felipe Scolari criou o termo "turma do amendoim" para definir os torcedores das numeradas do Palestra Itália que faziam pressão para que ele saísse. Hoje, o técnico define o grupo como extinto e desafia os novos críticos com uma promessa: quem for vaiado terá vaga cativa no time.

Criticado pela torcida, Luan foi destaque contra o Uberaba
Criticado pela torcida, Luan foi destaque contra o Uberaba
Foto: Fernando Calzzani / Gazeta Press

"Se gritarem para eu tirar o fulano, provavelmente eu não vá tirar. Se querem que eu tire o Pedro, então gritem para tirar o Paulo porque eu, de tão teimoso, posso tirar o Pedro", indicou o treinador que teve como principal protegido dos protestos nesta segunda passagem o atacante Luan.

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O camisa 21, no entanto, nem precisa ser relacioando para o comandante ouvir reprovações. No sábado, na vitória por 2 a 0 sobre o São Bernardo no Canindé construída ainda no primeiro tempo com Valdivia em campo, Felipão foi vaiado. Mas não por poupar o chileno e trocá-lo por Tinga, mas principalmente por, em meio à pressão adversária, sacar os atacantes Vinicius e Adriano Michael Jackson e lançar os volantes João Vitor e Chico.

Os gritos contrários às mudanças dominaram o estádio, mas não mexeram com Scolari. "O torcedor vaia porque não sabe o que acontece, que o Adriano tem problema na perna, e de outras situações do dia a dia. Deixo vaiando, como vaiam que o Luan não faz isso ou aquilo. Quando eu achar que devo, coloco o jogador e não dou bola", garantiu.

À vontade para contestar até mesmo torcedores que o consideram um ídolo, o comandante do Palmeiras prevê aos críticos atuais um destino semelhante ao que ocorreu com seus antigos contestadores. "Tinha a turma do amendoim, morreu. Agora tem a turma de não sei o quê, e daqui uns dias vou dizer também: morreu", comentou, reforçando seu poder no time.

"Eu que estou vendo o jogo e sou a pessoa indicada para fazer as coisas com o intuito de fazer o Palmeiras ganhar, não perder. Tenho respeito, admiração e uma profunda identificação (com os torcedores), mas não são eles que vão escalar meu time. Nunca", prometeu Felipão.

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