Foggia herda ponta com queda de Fenati e vence em Misano na Moto3. Acosta é 7º

O GP de San Marino da Moto3 parecia nas mãos de Romano Fenati. Com boa vantagem na liderança, o italiano desapareceu na frente dos rivais até cometer um erro sozinho e abandonar a prova. A corrida em Misano, então, caiu no colo de Dennis Foggia, que abriu uma boa diferença para o pelotão nas voltas finais e venceu pela segunda vez seguida no ano, colocando-se de vez na briga pelo título.

Niccolò Antonelli ficou em segundo. O italiano cometeu um erro quando ocupava a posição no início da prova, caiu para sétimo, mas conseguiu se recuperar e garantir um lugar no pódio. Andrea Migno, que andou desde o começo entre os primeiros colocados, fechou o pódio caseiro em Misano.

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Dennis Foggia segue vivo na briga pelo título da Moto3 (Foto: Leopard Racing)

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Sergio García fez uma corrida de recuperação e terminou na quarta colocação. Jaume Masià foi o quinto, seguido por Darryn Binder. O líder Pedro Acosta sofreu para encontrar um bom ritmo e foi apenas discreto, na sétima posição, acompanhado por Carlos Tatay, Stefano Nepa e Ayumu Sasaki.

Com o resultado desta 14ª etapa da temporada 2021 da Moto3, Acosta chegou aos 210 pontos e abriu 42 de frente para Foggia, que avançou para o segundo posto pelo critério de desempate, já que tem mais vitórias do que García. Fenati vem em seguida, com 76 de atraso, com Masià fechando o top-5.

O japonês Yuki Kunni não participou do GP de San Marino e da Riviera de Rimini já que foi suspenso pela FIM (Federação Internacional de Motociclismo) por ter causado um acidente com Alberto Surra na curva 11 de Misano durante o treino livre 3. Os dados coletados da moto confirmaram que o titular do Team Asia estava rodando lento na linha de corrida e, por isso, a Corte de Apelações rejeitou o recurso da equipe e confirmou a pena imposta pelos comissários.

A Moto3 volta às pistas no próximo dia 3 de outubro para o GP das Américas, em Austin, no Texas. O GRANDE PRÊMIO acompanha todas as atividades do Mundial de Motovelocidade 2021.

Saiba como foi o GP de San Marino e da Riviera de Rimini de Moto3:

O domingo na costa Adriática da Itália amanheceu com céu parcialmente encoberto, mas sem chuva. Antes da largada, os termômetros mediam 26°C, com o asfalto chegando a 28°C. A velocidade do vento era de 6 km/h.

No grid, a escolha de pneus foi uniforme: todos calçaram o dianteiro duro, o M, e o traseiro macio, o S2.

Na largada, Niccolò Antonelli saiu bem e tomou brevemente a ponta na curva 1, mas logo foi superado por Romano Fenati, o dono da pole. Andrea Migno assumiu o terceiro posto, à frente de Dennis Foggia, posições que se inverteram ainda no primeiro giro.

Ao fim do primeiro giro, Fenati já tinha aberto um caminhão de vantagem, o que só aumentou com a disputa entre Antonelli e Foggia. O piloto da Leopard chegou a atacar o titular da Avintia, mas o pupilo de Valentino Rossi defendeu bem a posição.

Quando as coisas acalmara, Niccolò foi rápido em contar a vantagem de Fenati, que tinha passado de 0s6, mas baixou para cerca de 0s36.

Ainda no segundo giro, Elia Bartolini caiu na curva 4 depois de uma enorme sacudida. O italiano não sofreu lesões mais graves, mas não conseguiu voltar à corrida.

Enquanto isso, Fenati ia firme no topo da tabela, 0s425 melhor que Antonelli. Foggia era o terceiro, seguido por Andrea Migno, Xavier Artigas, Jaume Masià, Darryn Binder, Sergio García, Pedro Acosta e Ayumu Sasaki.

Emendando uma volta rápida atrás da outra, Fenati não facilitou a aproximação de Antonelli. Na volta 5, os dois vinham separados por 0s610, com Andrea Migno tomando o terceiro posto de Foggia por alguns instantes antes de levar o troco.

Foggia, porém, não conseguiu sustentar a posição, que voltou para Andrea numa errada de Dennis, com Masià também passando para ocupar o quarto posto. Binder vinha em sexto, seguido por Garcia e Artigas.

Foggia não tardou em recuperar a posição de Masià, mas se manteve atrás de Migno, que tinha se afastado mais de Antonelli. O líder do Mundial vinha em nono, mais de 1s4 atrás de Artigas, o oitavo colocado.

Ainda na volta 8, Stefano Nepa conseguiu passar Pedro, que caiu para a décima colocação, não muito distante de Riccardo Rossi, o 11º. Rival pelo título, Sergio Garcia seguiu outro roteiro e avançou para a quinta colocação após passar Masià na curva 8.

Pouco depois, Foggia conseguiu recuperar a terceira posição de Migno. Em seguida, a situação melhorou ainda mais para o piloto da Leopard, já que Antonelli escapou da pista na curva 4 e despencou para sétimo. Assim, a vantagem de Fenati saltou para mais de 1s4 na liderança.

Ainda nessa primeira parte da corrida, Artigas foi punido por cortar as curvas 1 e 2 e recebeu uma volta longa da direção de prova.

Garcia, aliás, seguiu tentando aproveitar o fim de semana discreto de Acosta. Na volta 11, o espanhol avançou para o terceiro posto, mas acabou superado por Migno e Binder pouco depois.

Com 11 voltas para o fim do GP de San Marino e da Riviera de Rimini, Antonelli conseguiu recuperar uma posição e avançou para sexto, 3s4 atrás de Fenati.

Com dez voltas para o fim, porém, o domínio de Fenati ruiu. O italiano da equipe de Max Biaggi caiu na curva 15 após perder a frente da Husqvarna quando tinha 2s8 de margem na liderança. O italiano deixou a pista caminhando, mas desolado.

Assim, Foggia assumiu a liderança com 0s3 de margem para Migno. García subiu para terceiro, mas logo foi superado por Binder. Acosta, por outro lado, seguia sem chamar a atenção, em oitavo, mas agora bastante mais perto de um rival, o italiano Stefano Nepa.

No giro 16, García atacou Binder e conseguiu retomar a terceira posição apesar da resistência inicial do sul-africano. Darryn, aliás, foi superado também por Masià na sequência.

García tentou um ataque para cima de Migno, mas errou e acabou perdendo duas posições. O piloto da Aspar rapidamente subiu para o quarto lugar, mas ainda sem conseguir recuperar de Masià o último posto do pódio.

Sergio conseguiu tomar a posição de Masià pouco depois, com Antonelli também aproveitando para passar o espanhol. Na ponta, Foggia seguia com quase 0s4 de vantagem. Mais atrás, Acosta caiu para décimo depois de uma manobra dura de Carlos Tatay na curva 10.

Com três voltas para o fim, Antonelli conseguiu passar García para tomar o terceiro posto, com Masià aproveitando para deixar o vice-líder do Mundial para trás na sequência. Sergio, porém, não tardou em responder o ataque de Jaume e recuperar uma posição. Mais atrás, Acosta já estava de volta à nona colocação.

O líder do Mundial, aliás, conseguiu passar Nepa e assumiu o oitavo lugar, não muito distante de Tatay.

Na volta 22, Antonelli passou Migno na freada da curva 1 para recuperar o segundo posto na corrida, já mais 0s7 atrás de Foggia. García era o quarto, seguido por Masià, Binder, Tatay, Acosta, Sasaki e Nepa.

Na abertura da última volta, Foggia já tinha se afastado mais 0s7 de Antonelli, que não vinha tão distante assim de Migno. García era o quarto depois de tomar a posição de Masià, inclusive com toque. O piloto da Aspar, porém, já estava mais de 1s distante do pódio.

Foggia recebeu a bandeirada com 0s565 de margem para Antonelli, com Migno fechando o segundo pódio consecutivo 100% italiano.

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