UFC minimiza ação do MP contra evento; Belfort defende organização

17 jan 2013 - 16h28
(atualizado às 17h58)

O UFC São Paulo, evento que ocorre no próximo sábado, a partir das 20h35, conta com patrocínio da prefeitura local. A relação entre as partes entrou na mira do Ministério Público do Estado, que instaurou inquérito para apurar o que julga um "gasto abusivo" e "desperdício de dinheiro público". Houve até o pedido da suspensão do evento. A organização do campeonato de lutas, entretanto, não se preocupa com isso.

UFC São Paulo conta com patrocínio da prefeitura
UFC São Paulo conta com patrocínio da prefeitura
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra

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"Vamos ser claros: não tem chances de que o evento seja cancelado. Não recebemos nada oficial da investigação, mas quando recebermos, vamos colaborar totalmente. Estamos conversando com o governo local há dois anos e estamos orgulhosos de estar aqui. E vamos cooperar de forma adequada", explicou nesta quinta Marshall Zelaznik, diretor de desenvolvimento internacional do UFC, durante entrevista.

Em portaria assinada por Valter Foleto Santin, 2º Promotor de Justiça do Patrimônio Público e Social da Capital, o MP classifica o patrocínio da prefeitura como "gasto desnecessário, abusivo e excessivo de recursos públicos em atividade não olímpica, consumindo boa parte de valor destinado à Secretaria para eventos".

A Secretaria Municipal dos Esportes, Lazer e Recreação destinaria ao UFC R$ 2,5 milhões dos cerca de R$ 3,3 milhões que tem disponíveis para eventos em 2013 - mais de 75% da verba do ano. O acordo foi firmado ainda na gestão de Gilberto Kassab, e o MP vê "intuito de angariar publicidade pessoal" com a popularidade do UFC.

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"Primeiro, não posso confirmar nada sobre o valor, acho que seria inapropriado. Mas posso dizer que não temos problemas com a cidade de São Paulo. Voltaremos para cá, é uma questão só de acertar as informações", disse Zelaznik, que substituiu o presidente do UFC, Dana White, em recuperação de cirurgia como parte do tratamento da síndrome de Ménière, doença que o acometeu.

A entrevista desta quinta contou com a presença de Vitor Belfort, que enfrenta o britânico Michael Bisping na luta principal de sábado. Perguntado sobre o assunto, o brasileiro se mostrou incomodado, saiu em defesa da organização do evento e optou por destacar o que o UFC leva ao Brasil com a realização do evento.

A pergunta sobre o tema foi feita após Belfort ter comentado sobre a estrutura do Ginásio do Ibirapuera, palco do UFC São Paulo. O lutador minimizou a necessidade de melhores condições na arena e pediu que os investimentos sejam destinados a áreas como educação e saúde. Então, o brasileiro foi questionado pela reportagem do Terra sobre o patrocínio municipal ao evento.

"Acho que aquilo que não é do seu bedelho você não se mete. Sei da integridade do UFC. Sei do que trazem. Tenho que agradecer pelo que fazem pela economia, é muito bonito ver a festa. Aquela empresa ganha milhões, mas ninguém sabe o quanto gasta de impostos. O UFC sempre fez tudo às claras. Não viemos antes para São Paulo porque não queríamos fazer como antes", avisou Belfort.

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"Reclamam de valores. Fui no show da Madonna, vi o valor do ingresso e não valeu a pena. O UFC sempre mostra integridade e não tem nada escondido. Convivo muito na organização e tenho certeza de que não tem nada. Tudo que cresce as pessoas querem causa alguma coisa. Tenho certeza de que o que for pedido no processo, o UFC vai fornecer. É uma grande empresa e o estou orgulhoso de trabalhar com ela. Está mudando nossa nação, trazendo emprego para muitos brasileiros. Só tenho que agradecer essa oportunidade a lutadores de todo o mundo", declarou o carioca.

Fonte: Terra
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