Renúncia de Aidar trará alívio e incertezas no São Paulo

13 out 2015 - 07h15
(atualizado às 10h51)
FORA DE CAMPO - Carlos Miguel Aidar - Presidente do São Paulo
FORA DE CAMPO - Carlos Miguel Aidar - Presidente do São Paulo
Foto: Marcello Zambrana/AGIF / LANCE!Press

A saída de Carlos Miguel Aidar da presidência, se confirmada nesta terça-feira com a carta de renúncia prometida pelo dirigente, trará ao São Paulo sensações diferentes. Por um lado, alívio para uma gestão que desde o início conviveu com a insegurança. Por outro, a incerteza sobre o futuro político e a paz necessária para reconstruir a manchada imagem do clube.

Os profissionais do São Paulo, de todas as parte, nunca trabalharam da mesma forma depois que Aidar declarou que o clube poderia ser gerido por 90 pessoas e não 900, quadro de funcionários no momento em que ele assumiu.

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A insegurança foi reforçada pelo presidente logo no início da gestão com demissões de pessoas ligadas a Juvenal Juvêncio, seu antecessor, e outras ao longo do tempo. Quase sempre o argumento era o mesmo: quebra de confiança.

O cenário fez com que os profissionais “sobreviventes” comemorassem quando a saída do presidente ficou iminente após o auge da crise política, semana passada.

Hoje, assim que Aidar renunciar, o cargo ficará com Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, presidente do Conselho Deliberativo. Ele terá 30 dias para convocar novas eleições, num pleito para o qual era apontado como candidato único. No entanto, já há movimentos para o lançamento de uma outra candidatura.

Grupos que estavam com Aidar na diretoria se reuniram nos últimos dias e podem se unir em um novo nome, ainda indefinido. A quantidade de “partidos” políticos no clube gera preocupação daqueles que pedem a pacificação.

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A missão de Leco a partir desta terça, portanto, será assegurar a paz de quem conviveu com o terror instaurado por Aidar e seus pares e trabalhar para a nova eleição não dividir ainda mais um clube que hoje se encontra aos pedaços.

OS GRUPOS POLÍTICOS NO SÃO PAULO

Movimento São Paulo

Grupo dos ex-vices Douglas Schwartzmann, de comunicação e marketing, e Antônio Donizeti Gonçalves, o Dedé, do social. Conta com cerca de 20 conselheiros e era uma das principais bases aliadas de Aidar.

Participação

Dos ex-vices Julio Casares, geral, e Osvaldo Vieira de Abreu, financeiro, entre outros que faziam parte da antiga diretoria. Era a principal base de sustentação da gestão de Aidar e retirou apoio ao presidente antes de ele anunciar a ruptura.

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Força São Paulo

Do ex-diretor de relações internacionais Eduardo Alfano e do ex-diretor de relações institucionais Dorival Decoussau. Representa uma dissidência do Clube da Fé, que fez oposição ao atual presidente tricolor nas eleições realizadas no último mês de abril. Alfano é cotado para ser candidato.

Vanguarda

Do ex-presidente José Augusto Bastos Neto e do vice-presidente do conselho deliberativo Marcelo Pupo. Também estava com Carlos Miguel Aidar, mas retirou apoio nos últimos dias.

Legião

Do ex-vice de futebol Ataíde Gil Guerreiro, tem boa influência no Conselho Deliberativo e está inclinado a apoiar Leco, preferencialmente como candidato único. Retirou apoio ao presidente logo após a briga entre Aidar e Ataíde.

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Clube da Fé

Liderado por Marco Aurélio Cunha, que foi oposição a Aidar nas últimas eleições. Marco, que fez parte da diretoria na gestão de Juvenal, também já acenou com apoio a Leco e pede que o clube não fique tão dividido na continuidade do mandato até as próximas eleições. Ele já descartou ser candidato agora.

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