Uma cena no mínimo inusitada ocorreu em uma das séries eliminatórias dos 110 m com barreira, nesta segunda-feira, no Engenhão. O brasileiro João Vítor de Oliveira, que corria na raia 8, forçou tanto o ritmo que para assegurar o quarto lugar que lhe daria a vaga, deu um "peixinho" próximo à linha de chegada. Deu certo e ainda por cima cravou seu melhor tempo na temporada, com 13s63, avançando para a semifinal.
"Eu não treino isso, mas é algo natural. Se eu sinto necessidade de fazer eu faço. Fraturei a costela uma vez, após o Mundial da China", disse João Vitor após a prova.
Se este tipo de chegada não é comum, também não é considerada ilegal, segundo o próprio atleta brasileiro de 24 anos, que tem como melhor resultado de sua carreira na prova a marca de 13s45.
"Vou continuar fazendo. O que vale é o tronco, não adianta o pé estar na frente. Isso é corrida séria, não é brincadeira. Tem que dar o sangue", afirmou.
A pista do Engenhão estava molhada no momento da prova do brasileiro, a reflexo da forte chuva que atrasou toda a programação desta segunda-feira.
O outro brasileiro a garantir vaga nas semifinais da prova foi Eder Antonio Souza, que também fez o quarto melhor tempo de sua bateria, ao cruzar a linha de chegada em 13s61 e estabelecer o melhor resultado de sua carreira. O mais rápido entre todas as séries foi o jamaicano Omar McLeod, com o tempo de 13s27. O norte-americano Ronnie Ash e o francês Dimitri Bascou dividiram a segunda melhor marca, com 13s31.
Veja a sequência: