Ana Paula critica permissão de transexuais no vôlei feminino

"Não é preconceito, é fisiologia", justificou a ex-jogadora em post no Twitter

19 dez 2017 - 16h59
(atualizado às 17h11)

A ex-jogadora de vôlei, Ana Paula, usou o Twitter para emitir sua opinião sobre a presença de mulheres transexuais na Superliga feminina. Para Ana Paula, é injusto que um "corpo foi construído c/testosterona durante toda a vida" (sic), compita com o de mulheres cis. A crítica de Ana Paula foi feita a partir de um tweet sobre a primeira atleta transexual na Superliga feminina, no Brasil.

Reprodução/Twitter
Reprodução/Twitter
Foto: Lance!

— Mtas jogadoras ñ vão se pronunciar c/medo da injusta patrulha, mas a maioria ñ acha justo uma trans jogar c/as mulheres. (sic) E não é. Corpo foi construído c/testosterona durante tda a vida. Não é preconceito, é fisiologia. Pq não então uma seleção feminina só com trans? Imbatível. (sic) — tuitou a ex-jogadora

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Como se trata de um assunto delicado, a publicação de Ana Paula gerou muita polêmica. Grande parte dos seguidores da ex-atacante concordaram com a publicação:

— Você acha que é possível que haja uma substituição de mulheres por trans nos esportes daqui para frente? — comentou o seguidor Celso Amaral, que foi respondido por Ana Paula

— Pq não? Se sou técnica, lógico que preferiria uma trans com o corpo lapidado por testosterona a vida toda. E mandaria levantar todas as bolas pra ela. Atletismo? Boxe? Judô? Sim, quero uma trans na minha equipe. — respondeu a ex-jogadora

Mas, também teve quem fosse contra a opinião de Ana Paula:

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— Pensando bem, o seu preconceito velado não vai lhe permitir enxergar que, uma vez sob estímulo de estrogênio e não mais de testosterona, a força muscular da jogadora se equipara a de uma mulher não trans. — comentou a seguidora Thaís Pagliario.

Tiffany Abreu, a primeira mulher transexual a disputar a Superliga feminina já jogava vôlei quando ainda era reconhecida como homem e em entrevista ao site do Globo Esporte, contou que perdeu boa parte de sua força de ataque quando começou a tomar hormônios femininos para realizar a transição.

— O mais difícil é a reposição hormonal, mexe muito com a gente. Tira muito da força, cai a 60%. Agora, somente ataco como uma mulher. Não tenho aquela força. Sou uma jogadora de 1,90m, com talento, velocidade e tento fazer o que o técnico pede. — contou a jogadora em entrevista ao site do Globo Esporte, em fevereiro de 2017.

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