Governo do Rio minimiza atrasos de sua parte para 2016

29 jan 2015 - 14h48

O Governo do Estado do Rio de Janeiro está com problemas para entregar suas obras para os Jogos Olímpicos de 2016. O metrô da Linha 4 não vai ficar totalmente pronto; a despoluição da Baía de Guanabara não vai ser completada; e o Maracanã enfrenta momentos turbulentos por conta do alto do custo e do desejo da concessionária de renegociar o contrato. Apesar disso, o secretário da Casa Civil do Rio, Leonardo Espíndola, diz não ter a percepção de que a parte do governo estadual é a mais atrasada.

“Não acredito nisso e nem vejo assim. O compromisso da linha 4 está mantido. Ele vai chegar à Barra em 2016 interligado ao BRT e conduzindo aos cenários olímpicos. Tivemos uma questão pontual com a questão do Tatuzão e o resto foi normal e vamos ter o metrô na Barra”, disse Espíndola.

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Apesar do alarde do Governo do Estado na chegada, esta semana, do novo trem da Linha 4 do Metrô, a verdade é que já se sabe que a linha não vai estar completa em junho de 2016 quando o trecho entre a Barra da Tijuca e São Conrado for inaugurado (duas estações apenas). Na Barra ele vai estar interligado com o BRT até o terminal Alvorada e depois Parque Olímpico. Mas para ir de Ipanema, por exemplo, até São Conrado, o bom e velho ônibus é que vai ser a salvação dos turistas.

Secretário da Casa Civil do Rio, Leonardo Espíndola não vê atrasos significativos por parte do governo estadual
Secretário da Casa Civil do Rio, Leonardo Espíndola não vê atrasos significativos por parte do governo estadual
Foto: Marcus Vinícius Pinto / Terra

O próprio secretário de transportes, Carlos Roberto Osório, já explicou que a estação da Gávea (que tem dois níveis, pensando numa expansão futura), não será aberta antes de 2017. Até mesmo o prefeito do Rio, Eduardo Paes, já admitiu a pessoas próximas que o metrô é uma questão de mobilidade urbana que o preocupa.

Na questão da água, Espíndola disse que o secretário de Ambiente, André Correia, foi mal interpretado e disse que o Estado tem todas as condições de cumprir o compromisso do dossiê de candidatura de tratar 80% do esgoto.

“Os índices que apresentamos hoje é de 50% de tratamento em todo o esgoto que migra para a Baia de Guanabara. Com as novas entregas que pretendemos fazer de tratamento do tronco do rio Faria-Timbó, do Cidade Nova e inauguração da estação de tratamento de Alcântara é factível seguirmos defendendo a nossa promessa de tratar 80% do esgoto que migra para a Baía até 2016”, disse.

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Espíndola afirmou ainda que no evento-teste do mês de agosto todos os atletas elogiaram a qualidade da água. “O que estamos buscando, e o que já foi feito no evento teste, é que em todos os pontos e raias tenhamos um excelente índice de balneabilidade, assim como foi o evento-teste. Teremos plenas condições das raias, num cenário maravilhoso”, afirma. Ele disse ainda que as Unidades de Tratamentos de Resíduos (UTRs), que seriam instalados nos rios que desembocam na Baía de Guanabara não foram descartados.

“Apenas mudamos de estratégia. As UTRs são um paliativo. Contra o lixo vamos fazer o que já fizemos no evento-teste: as ecobarreiras e com os ecobarcos impedindo o lixo de entrar nas raias. Isso não é tratamento de esgoto e o evento foi elogiado", explicou.

Maracanã

Sobre o Maracanã, o secretário da Casa Civil garantiu que todas as obras do projeto olímpico serão feitas pela concessionária do consórcio, conforme o contrato vigente. “Houve um pleito de reequilíbrio orçamentário por parte da concessionária”, confirmou, garantindo que os ajustes no Maracanã para a cerimônia de abertura e encerramento, o Julio Delamare para o Pólo-Aquático, a escola Friendreich para as quadras de aquecimento do vôlei e a adequação necessária do Maracanãzinho serão feitas: “A concessionária vai realizar os investimentos com capital privado e esses compromissos vão ser cumpridos. O objetivo é que eles continuem à frente do Maracanã”, disse.

Fonte: Terra
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